20 | I Série - Número: 054 | 1 de Março de 2008
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Sabendo tudo isto, o Sr. Primeiro-Ministro, que tem no seu Governo um Ministro que difama adversários, calou-se.
O senhor tem no seu Governo um Ministro que usa o ataque pessoal e calou-se.
O senhor tem no seu Governo um Ministro que entende substituir-se à polícia, à magistratura e determinar sentenças e calou-se.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Que o senhor, portanto, autoriza este tipo de declarações já não tenho qualquer dúvida.
O Sr. Carlos Lopes (PS): — Está muito sensível!
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Com a autoridade que me dá o nunca o ter atacado, nem sequer questionado, sobre coisas pessoais que o incomodaram, posso perguntar-lhe apenas isto, Sr. PrimeiroMinistro: cauciona o uso de insinuações pessoais no discurso político? Subscreve as insinuações feitas pelo Sr. Ministro da Agricultura?
Aplausos do CDS-PP.
Protestos do PS.
O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Não, Deputado, não cauciono, a começar pelas suas. Não cauciono as suas, Sr. Deputado.
Aplausos do PS.
As regras comunitárias obrigam os Estados nacionais a pagar aos agricultores até ao dia 30 de Junho de 2008.
O Governo já pagou aos agricultores mais de 80%, salvo erro, destas ajudas e comprometeu-se, de acordo com as suas possibilidades, a pagar aos agricultores no mês de Março.
Não, Sr. Deputado, neste Governo não há caloteiros.
Aplausos do PS.
Quanto à conversa de taberna, o Sr. Deputado que me desculpe, mas costuma ser utilizada pelo Sr. Deputado.
Aplausos do PS.
O Sr. António Carlos Monteiro (CDS-PP): — Prove!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Aqui não há caloteiros, Sr. Deputado.
Protestos do CDS-PP.