15 | I Série - Número: 054 | 1 de Março de 2008
diversas dimensões. É neste sentido que peço o seguinte esclarecimento ao Sr. Primeiro-Ministro: obras públicas, que futuro em Portugal?
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Alberto Martins, finalmente uma pergunta que interessa aos portugueses…
Risos.
… e sobre política que tem a ver com o desenvolvimento do País. É uma pergunta que tem a ver mais com política e menos com politiquice!
O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Isso é que é arrogância!
O Sr. Primeiro-Ministro: — É o que quero dizer: a pergunta tem a ver mais com política e menos com politiquice.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — O Sr. Primeiro-Ministro só gosta de respostas «mansas»!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Srs. Deputados, um momento, por favor. Oiçam-me com o mesmo respeito com que vos oiço, se não se importam.
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Já não se podem dizer piadas!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado, gostaria de declarar que, em matéria de condução de política geral pelo Governo, a estratégia que definimos desde que chegámos ao Governo mantém-se. Essa estratégia tem três palavras-chave, sendo a primeira rigor. É preciso continuar com o rigor nas contas públicas, porque só o rigor acrescenta prestígio, credibilidade e margem de manobra ao nosso Estado social. Depois, temos de apostar no crescimento e também nas qualificações. Portanto: rigor, crescimento, qualificações — esta é a estratégia do Governo que continuará.
Mas do que ninguém duvida é que em 2008 o crescimento económico é absolutamente fundamental para que a economia portuguesa possa oferecer mais oportunidades aos portugueses.
É também por isso que o investimento público sobe em 2008. Foi também por isso que no final de 2007 e em 2008 lançámos obras estruturantes para o nosso desenvolvimento, para a melhoria da nossa qualidade de vida e também para a melhoria das estruturas e das infra-estruturas de apoio à nossa economia.
Foi este Governo que lançou e vai adjudicar a concessão da auto-estrada entre Vila Real e Bragança.
O Sr. Mota Andrade (PS): — Muito bem!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Uma auto-estrada que é vista no distrito de Bragança e em Trás-os-Montes como a «auto-estrada da justiça», porque é mesmo isso, é preciso fazer justiça a Trás-os-Montes! Foi este Governo que lançou a concessão e vai adjudicar a ligação do IP2 entre Celorico e o distrito de Bragança. Ora, esta ligação é absolutamente fundamental para retirarmos de um certo isolamento todo o norte do distrito da Guarda e parte do distrito de Bragança, e também o IC5.
Mas quero anunciar, Sr. Deputado, que o Governo vai lançar, ainda no mês de Março, três concessões absolutamente essenciais e estratégicas nas acessibilidades nacionais.
Em primeiro lugar, vamos lançar a concessão para a requalificação de toda a estrada nacional n.º 125, que atravessa todo o Algarve, porque esta é a estrada com mais sinistralidade.