36 | I Série - Número: 033 | 15 de Janeiro de 2009
O que é que os portugueses podem esperar destas soluções partidárias? «Vêem-se ao espelho» e a resposta é: não temos alternativa!
Aplausos do PS.
O Sr. António Filipe (PCP): — E quanto à pergunta, «zero»!
O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr. Deputado Alberto Martins, de facto, o traço mais impressivo deste debate é verificar que, num tema tão importante como o da saúde e num momento tão especial de grave crise internacional, com consequências em Portugal, nenhuma das bancadas da oposição foi capaz de apresentar uma õnica proposta e uma õnica ideia,»
Protestos da Deputada de Os Verdes Heloísa Apolónia.
» o que diz muito de como está o debate político em Portugal.
Mas, ao contrário do que alguns pensam, a matéria que de viemos aqui falar é da maior importância, porque as unidades de cuidados continuados são, provavelmente, a primeira realidade onde confluem as políticas de saúde e as políticas de segurança social. Há muitos anos que devíamos ter feito uma mudança no Serviço Nacional de Saúde por forma a adaptá-lo à nova realidade, que é o envelhecimento da sociedade portuguesa.
Pela primeira vez, vamos ter um Serviço Nacional de Saúde com 8200 camas, em unidades especialmente preparadas para responder aos problemas dos idosos, para os tratar melhor ao nível da saúde, mas também para permitir que os hospitais e os centros de saúde possam responder melhor aos problemas de saúde da restante população.
O Sr. Mota Andrade (PS): — Muito bem!
O Sr. Primeiro-Ministro: —  Sr. Deputado Alberto Martins, o que se pede a um governo é que, neste momento, saiba responder à crise e apresentar uma estratégia para o País. É o que estamos honestamente a fazer: estabilizar o sistema financeiro, baixar impostos, sim, como baixámos, mas promover fundamentalmente o investimento público, ajudar as empresas e investir na protecção do emprego.
Mas isto não se pede apenas ao Governo,»
Vozes do PS: — Claro!
O Sr. Primeiro-Ministro: —  » pede-se a todos os partidos.
E os portugueses estão especialmente atentos a todas as bancadas, a todos os partidos. Neste momento, o que se pede às lideranças políticas não é que, mais uma vez, nos venham dizer o que é que o País não pode e não deve fazer. O que se pede é que digam, em consciência, aquilo que se pode e temos oportunidade e responsabilidade para fazer. A isto se chama agir com responsabilidade.
É isto que o Governo fez com este debate e é isto que o Governo fará.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Mota Soares para interpelar a Mesa.
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Sr. Presidente, quero interpelar a Mesa sobre a condução dos trabalhos e para pedir que faça distribuir um documento.