34 | I Série - Número: 033 | 15 de Janeiro de 2009
É que é um programa datado, que está preso a uma ideologia que é falhada e que foi posta em causa por esta crise.
Quanto ao Serviço Nacional de Saúde, Sr. Deputado, nós temos uma visão para esse Serviço e queremos melhorá-lo com reformas em quatro áreas.
Em primeiro lugar, nos cuidados primários de saúde, criando mais unidades de saúde familiar, com melhor gestão, para darmos mais médicos de família aos portugueses. Da reforma que fizemos resultou que mais 200 000 portugueses têm, hoje — e não tinham, antes — , médico de família que os pode acompanhar.
Em segundo lugar, nos cuidados para os idosos. Por isso é que estamos a criar a rede de cuidados continuados. Para quê? Para servir melhor os idosos, mas também para libertar os hospitais,»
A Sr.ª Regina Ramos Bastos (PSD): — Blá-blá-blá!
O Sr. Primeiro-Ministro: — » para que possam responder melhor nos cuidados hospitalares mais exigentes.
Em terceiro lugar, nas urgências hospitalares. Por isso é que estamos a melhorar e a abrir novas urgências. Ao contrário do que aqui foi dito, mais de metade dessas urgências já abriram e outras abrirão, em benefício de uma melhor rede de urgências. O que é espantoso é que aqueles que não fizeram outra coisa, ao longo destes três anos, que não fosse ter a perspectiva de aproveitar qualquer reclamação,»
O Sr. Mota Andrade (PS): — Bem lembrado!
O Sr. Primeiro-Ministro: — » qualquer protesto, qualquer conflito para ganhar alguns votos venham agora reclamar que, afinal de contas, devíamos ter andado mais depressa nestas reformas.
Aplausos do PS.
Melhorar os cuidados primários, melhorar os cuidados para idosos, melhorar as urgências hospitalares, mas também cumprir os orçamentos, gerir melhor, é o que temos feito. Ao longo dos últimos três anos, demos um sinal claro de rigor orçamental na saúde, porque, nestes 30 anos passados, os últimos três anos foi o único período em que não houve Orçamentos rectificativos consequência da área da saúde! Um último ponto: a primeira medida que este Governo fez em matéria de saúde foi, como todos se lembram, inscrever no Orçamento de 2005 aquilo que tinha sido desorçamentado com um Orçamento de ficção feito pelo PSD e pelo CDS,»
O Sr. Ricardo Martins (PSD): — O Orçamento de ficção é o de 2009!
O Sr. Primeiro-Ministro: — » e que estes partidos não querem assumir.
Aplausos do PS.
Protestos do PSD.
O Dr. Paulo Portas finge que não está a ouvir, mas o que estou a dizer também é para o CDS, porque foram ambos os partidos que fizeram aquele «Orçamento das trancinhas», onde faltavam centenas de milhões de euros para financiar o Serviço Nacional de Saúde!
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Alberto Martins.