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18 | I Série - Número: 037 | 23 de Janeiro de 2009

O Sr. Fernando Rosas (BE): — Mas devo dizer-lhe que os meus constituintes estão muito preocupados com o facto de este canal de televisão poder significar, em cima dos 120 despedidos, mais outros 120, mais outros 120 e mais outros 120» Ora, parece que o senhor não está nada preocupado com isso! A diferença é que nesta bancada preocupamo-nos com as pessoas, com o trabalho e com o futuro delas e os senhores preocupam-se com os esquemas da passagem da televisão analógica para televisão digital sem se preocuparem com os interesses das pessoas»! Neste caso e neste momento concretos abrir um novo canal de televisão pode significar falências, despedimentos e pior oferta do serviço de televisão.
A isso, «aos costumes» o Sr. Deputado disse nada!!

O Sr. Alberto Arons de Carvalho (PS): — Não concordo!

O Sr. Fernando Rosas (BE): — O Sr. Deputado «puxou dos seus galões» como especialista da matéria, mas em termos do interesse dos portugueses nada disse.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Para uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Teixeira de Melo.

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Este fim-de-semana, realizou-se, nas Caldas da Rainha, o XXIII Congresso Nacional do CDS-PP.
Foi um Congresso importante que aconteceu no ano de todas as eleições e que mostrou ao País o que, numa conjuntura tão difícil, do CDS se espera.
Portugal percebeu que o CDS é um partido mobilizado, independente, com uma liderança forte e legitimada, uma estratégia autónoma e vocação de crescimento. Equivale a dizer que o CDS deve aspirar a afirmar-se pelo que pode fazer por si, muito mais do que por aquilo que pode fazer com os outros.
Portugal também percebeu que o campo do CDS é o campo do não socialismo ou socialismos, conforme queiram. Equivale a dizer que queremos ser verdadeira alternativa e que no CDS há espaço para o descontentamento daqueles que aí, na prática experimentada da governação e de algumas oposições, já não encontram respostas.
Portugal percebeu ainda que o CDS é um partido que sabe o que quer e que poderá ser a solução para alguma da indiferenciação que já se nota ao centro.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: PS e PSD não são, evidentemente, partidos iguais, mas a verdade é que, em muitas das decisões políticas relevantes, não se têm mostrado diferentes.
Foi assim na justiça, com consequências no aumento da criminalidade e da insegurança, que muitos agentes judiciários denunciaram; foi assim na política fiscal, com declarações equivalentes em aspectos essenciais das medidas da governação; foi assim a propósito do referendo europeu, que em tempos defendiam, mas depois rejeitaram sem se perceber bem porquê; é assim na visão errada acerca do essencial dos erros das políticas do rendimento mínimo garantido; é assim, em parte, no facto de não quererem avaliar, com a urgência que o caso justifica, questões determinantes da supervisão bancária ou o papel excessivamente interventivo da Caixa Geral de Depósitos, quando não mesmo o problema de se tratar de dois partidos com uma visão muito instrumental da própria Administração Pública.

Aplausos do CDS-PP.

Neste contexto, compreende-se que o CDS deva e tenha de assumir a diferença ao centro e à direita que o País reclama.
Portugal não deseja mais uma alternância de iguais; precisa, isso sim, de uma alternância de diferenças.
O Congresso do CDS também mostrou todos os riscos de uma extrema-esquerda que, se algum dia fosse opção, só garantiria o agravamento de todos os problemas.