43 | I Série - Número: 067 | 16 de Abril de 2009
O Sr. Bravo Nico (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado João Oliveira, muito obrigado pela oportunidade que me dá de tentar esclarecê-lo um pouco melhor. Sei que não vai ser fácil, atendendo à ortodoxia das suas opiniões, mas, ainda assim, irei tentar.
Risos do PCP.
E vou responder-lhe com um caso que, certamente, conhece muito bem.
Há uns dias, visitei a Escola Secundária Gabriel Pereira, em Évora, que é do seu conhecimento. Nessa escola secundária vi arquitectos, engenheiros, pedreiros, canalizadores, técnicos de informática, técnicos de ventilação, professores, funcionários, alunos, uma quantidade de pessoas, a trabalhar. Aquilo que o arquitecto estava a fazer era exactamente igual ao que o engenheiro estava a fazer, igual ao que o pedreiro estava a fazer, igual ao que o canalizador estava a fazer, igual ao que o professor estava a fazer, igual ao que o aluno estava a fazer, igual ao que o funcionário estava a fazer.
E sabe o que é que todas estas pessoas estavam a fazer na Escola Secundária Gabriel Pereira, em Évora? Estavam a construir um futuro melhor para o nosso País,»
Aplausos do PS.
Risos do PCP.
» estavam a construir uma nova escola, com mais qualidade, com mais dignidade, com mais condições pedagógicas,»
O Sr. João Oliveira (PCP): — E sobre a escola de Arraiolos?
O Sr. Bravo Nico (PS): — » com mais condições de apoio social, com melhores infra-estruturas, com melhores laboratórios, para que os profissionais que lá trabalham no ensino profissional possam ter melhores condições para formar os jovens que frequentam esse ramo de ensino, para que os profissionais que trabalham no Centro Novas Oportunidades tenham melhores condições para qualificar as centenas de adultos que frequentam a Escola Secundária Gabriel Pereira.
O Sr. João Oliveira (PCP): — E sobre a escola de Arraiolos?
O Sr. Bravo Nico (PS): — Era isto que estava a acontecer numa escola em Évora, num dia destes.
E sabe qual era a cara que todas estas pessoas tinham quando falei com elas? Uma cara sincera de felicidade, de bem-estar, de regozijo por, finalmente, haver um Governo em Portugal que disse que ia requalificar a totalidade das escolas secundárias e que não se ficou apenas pela retórica, estando a fazê-lo em todas as escolas secundárias. Não há nenhuma escola que fique fora disto, Sr. Deputado. Podem inventar mais escolas. Requalificamos todas as que existem. Vocês ficarão com a retórica e com as escolas que têm apenas no vosso pensamento.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (António Filipe): — Ainda para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Abel Baptista.
O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Bravo Nico, como percebo que V. Ex.ª venha aqui falar apenas de obras nas escolas por parte do Ministério da Educação.
A Sr.ª Isabel Pires de Lima (PS): — Acha pouco?!
O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — É muito pouco, e vou dizer-lhe porquê.