49 | I Série - Número: 088 | 4 de Junho de 2009
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Vou concluir, Sr. Presidente.
Como eu estava a dizer, a criação de gabinetes de mediação policial junto dos bairros identificados como problemáticos, bem como a obrigatoriedade de apresentação, na Assembleia da República, de um relatório de avaliação das políticas públicas dos bairros problemáticos, são medidas que apoiamos, porque cremos que elas podem contribuir para a resolução deste grave problema.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Sónia Sanfona.
A Sr.ª Sónia Sanfona (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O CDS-PP apresenta-nos hoje, para discussão, dois projectos de resolução que se prendem com a matéria da segurança dos cidadãos, sobretudo em bairros mais problemáticos, designadamente, num dos casos, no distrito de Setúbal.
Srs. Deputados, desde logo, a bancada do Partido Socialista não pode estar mais em desacordo com a forma como quer o Sr. Deputado do CDS-PP Nuno Magalhães quer o próprio PSD se referem àquilo que tem sido a política do Governo em matéria de segurança.
Como não disponho de muito tempo, não me vou poder enunciar o conjunto de medidas e de acções que este Governo tem promovido,»
O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Falta de tempo!»
A Sr.ª Sónia Sanfona (PS): — » desde a reestruturação das forças de segurança, á Lei de Programação de Infra-estruturas, aos investimentos quer em armamento para as forças de segurança quer em outros meios, dispensando-me, por isso, de fazer aquilo que, redundantemente, temos vindo a fazer nos vários debates a que temos procedido, com as explicações dadas pelo Sr. Ministro.
Referindo-me aos projectos de resolução em causa, gostaria de relevar o seguinte: em primeiro lugar, existe um conjunto de ferramentas que vão hoje ao encontro das preocupações que estão aqui preconizadas, desde logo os tão criticados contratos locais de segurança,»
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — 12!
A Sr.ª Sónia Sanfona (PS): — » que pretendem, de uma forma multidisciplinar, articular diversos parceiros, o que tem sido conseguido, desde entidades político-administrativas a organizações públicas e privadas, governamentais e não governamentais, no sentido de atalhar relativamente a questões concretas dos bairros a que nos estamos a referir.
A Polícia de Segurança Pública, neste caso, através de uma directiva estratégica, criou o Programa Integrado de Policiamento de Proximidade. Este Programa operacionalizou diversíssimos objectivos definidos no Programa do Governo, sistematizou mecanismos de articulação entre as valências de prevenção da criminalidade e policiamento de proximidade e congrega ainda os projectos que foram implementados de uma forma algo espartilhada numa verdadeira estratégia global. E quer o Programa Integrado quer esta estratégia global incluem elementos de mediação e de contacto com os representantes das comunidades que são servidas por estas entidades policiais.
Sr. Deputado Nuno Magalhães, lamento que V. Ex.ª, não reconhecendo o esforço que o Governo tem feito nesta matéria, venha dizer que, na sua opinião, há criminalidade agora porque o Governo é do Partido Socialista. Na altura do governo PSD/CDS-PP não havia criminalidade porque VV. Ex.as atalharam todos os caminhos?!. Lamento!
Aplausos do PS.
Além do mais, e relativamente ao projecto de resolução n.º 388/X (4ª), gostava de dizer que não são necessárias estruturas específicas e autónomas da Polícia de Segurança Põblica no distrito de Setõbal,»