53 | I Série - Número: 088 | 4 de Junho de 2009
também, evidentemente, que é fundamental falar das instalações e dos meios de actuação dos agentes de segurança.
O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, peço-lhe que conclua.
A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Concluo já, Sr. Presidente.
Os senhores contribuíram sempre para chumbar o que se referia à melhoria dessas condições. E nós focamo-nos neste aspecto: é importante que as pessoas tenham em conta aquilo que os partidos defenderam durante toda a Legislatura e nas anteriores legislaturas para julgarem bem os resultados das propostas.
O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Magalhães.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Assistimos aqui a um debate interessante porque, sobretudo da parte das restantes bancadas da oposição, vimos ter sido feito um esforço hercúleo para justificar o injustificável, ou seja, querendo votar favoravelmente os projectos de resolução do CDS, mas não podendo, vimos ter sido feito um esforço para arranjar argumentos para não os votar.
E qual foi o primeiro argumento? O tempo: «o CDS lembra-se de apresentar agora», «vai a reboque do caso Bela Vista». Srs. Deputados, permitam-me citar (read my lips): «28 de Setembro de 2008!» Ou VV. Ex.as pensam que tenho dotes adivinhatórios, o que é simpático, ou, então, VV. Ex.as pensam que estou por detrás dos incidentes, o que é insultuoso! Portanto, Srs. Deputados, esse argumento de que o CDS está a vir a reboque dos acontecimentos, como ouvi dizer da parte do PSD, do PCP e de Os Verdes, não colhe. Bastava lerem a parte final do diploma: «28 de Setembro de 2008.»
O Sr. João Rebelo (CDS-PP): — Muito bem!
A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — É mais campanha eleitoral do que a questão do bairro da Bela Vista!
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — A Sr.ª Deputada Sónia Sanfona disse que isto era «chover no molhado». V. Ex.ª, no afã de defender o Governo, foi contra a opinião do Deputado Vasco Franco e do Ministro Rui Pereira,»
A Sr.ª Sónia Sanfona (PS): — Não é verdade!
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — » que, em comissão parlamentar, disseram que, sim senhor, fazia sentido, por um lado, alargar a rede de mediação policial e que, por outro lado, era importante avaliar os programas sociais, quer ao nível central quer ao nível local.
Aquilo que constatamos da parte do PS, Sr.ª Deputada, é que já está numa fase em que nem sequer ouve: se é da oposição, rejeitam; pode ser bom ou pode ser mau, mas rejeitam!
A Sr.ª Sónia Sanfona (PS): — O senhor é que não me ouviu!
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Isso vai ter um preço político; isso tem de ser fiscalizado e avaliado, nomeadamente, neste caso concreto, pelos setubalenses e pelos portugueses.
Os senhores não querem avaliar o sucesso ou o insucesso dos programas sociais.
A Sr.ª Sónia Sanfona (PS): — Eu não disse isso!
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Não querem saber disso! Deitam dinheiro para cima e, pronto, quanto ao resto, está feito!»