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27 | I Série - Número: 014 | 15 de Outubro de 2010

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — » como o PCP já denunciou, aliás, junto do Ministçrio.
Numa altura em que se anunciam cortes no financiamento e em que a ciência e o ensino superior se encontram sufocados por uma política de desvio de dinheiro público para investimento em laboratórios e projectos privados de duvidosa validade para o País, devemos todos redobrar os esforços para combater essa política de destruição nacional.
O País precisa de ciência e tecnologia, de investigação e desenvolvimento, mas para que exista um real desenvolvimento do Sistema Científico e Tecnológico Nacional é urgente e estritamente necessário pôr Portugal a produzir. Caso contrário, ciência e tecnologia não passarão de um verbo-de-encher,»

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Exactamente!

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — » como infeliz mas despudoradamente tem sido um verbo-de-encher o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (Luís Fazenda): — Inscreveram-se, para pedir esclarecimentos ao Sr. Deputado Miguel Tiago, três Deputados. Para o efeito, tem a palavra, em primeiro lugar, o Sr. Deputado Manuel Mota.

O Sr. Manuel Mota (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Miguel Tiago, mais uma vez o PCP se alheia da realidade das próprias instituições.

Protestos do PCP.

O PCP não respeita a avaliação que foi feita pela OCDE, em Abril deste ano, que se demarca claramente desta posição do PCP com dados objectivos.

Protestos do Deputado do PCP Miguel Tiago.

O PCP esquece-se que Portugal tem hoje mais investigadores, o dobro dos investigadores que tinha em 2005.
O PCP esquece-se que Portugal tem hoje um investimento em ciência e tecnologia, em investigação e desenvolvimento, de 1,5% do PIB — era de 0,8% em 2005.
O PCP esquece-se que hoje temos o dobro das publicações que tínhamos em 2005.
O PCP esquece-se que hoje, a nossa produção científica permite, pela primeira vez em Portugal, que o saldo tecnológico seja positivo.
O PCP «confunde a árvore com a floresta». É este o drama que hoje temos na discussão política, em Portugal, quando se requerem esforços significativos em termos orçamentais e quando um governo de esquerda estabeleceu prioridades de 2005 para 2010, nomeadamente esta área.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Que vergonha!

O Sr. Manuel Mota (PS): — Relembro que, desde 2005 até este ano, houve um aumento de 11% no investimento em investigação e desenvolvimento, o qual permite, inequivocamente, que este ano se façam, por exemplo, 1000 contratos de investigação, bem como a existência de um significativo aumento do número de publicações, com o dobro dos dados em publicações e, naturalmente, da produção científica que já hoje é inserida nas empresas de base tecnológica.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Sim, sim»