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28 | I Série - Número: 014 | 15 de Outubro de 2010

O Sr. Manuel Mota (PS): — Relembro igualmente que, hoje, essas empresas de base tecnológica já têm um saldo muito avançado e muito significativo nos relatórios económicos apresentados, o que, como disse anteriormente, permite que, pela primeira vez, o saldo tecnológico, em Portugal, seja positivo.
Mas é esta a realidade que o PCP quer escamotear. Infelizmente, tem este tipo de posição, é esta a posição de um partido que deveria ser responsável e permitir, nomeadamente, que fosse valorizado este investimento num sector que é fundamental.
O Sr. Deputado sabe que o conhecimento é fundamental para o desenvolvimento da nossa economia, e estarmos à frente na produção do conhecimento é essencial para que as nossas empresas e a nossa sociedade consigam ser competitivas, em termos internacionais, e desenvolver um modelo social sustentado na evolução económica.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Luís Fazenda): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Miguel Tiago.

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Manuel Mota, queria, em primeiro lugar, agradecer as suas questões.
Pretendo deixar aqui uma nota: o Grupo Parlamentar do PCP trouxe a este debate um conjunto de dados, de factos, de questões concretas — se quiser, enumero-lhe mais algumas — e o Sr. Deputado trouxe a conversa vazia a que estamos habituados de manipulação estatística.

Protestos do Deputado do PS Manuel Mota.

Portanto, isso por si mesmo tem algum significado.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Nada de novo!

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Em primeiro lugar, temos dúvidas sobre a validade das opiniões e dos conselhos da OCDE em muitos casos.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Ora bem!

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Mas, ainda assim, Sr. Deputado Manuel Mota, tenho de perguntar-lhe o seguinte: por exemplo, terá nota de que a OCDE tenha visitado o Instituto Tecnológico e Nuclear (ITN) para verificar as torneiras e a água? Tem nota de que, por acaso, tentaram telefonar para o ITN? Tente telefonar para o ITN e verificará que não há linha telefónica, Sr. Deputado.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Uma vergonha!

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Esta, infelizmente, é a realidade que o Sr. Deputado tentou esconder, invocando números.
Aliás, nem os números teve a coragem de invocar, o que também não é de estranhar. Porquê, Sr. Deputado? Porque quanto ao primeiro número que invocou, de 1,51% de investimento do PIB, remetido para 2008, esqueceu-se que mais de metade desse investimento é feito pelo sector privado. Mais de metade, 0,76% do investimento, é feito pelo sector privado e apenas os outros 0,76% são feitos pelo Governo! Portanto, omitiu essa parte, certamente de forma ponderada.
Mas quer mais estatísticas, Sr. Deputado? Esquece-se que nos laboratórios do Estado, para cada técnico do sistema, existem 13 investigadores, enquanto a média nos países da zona euro é de 1,34?! Ou seja, em Portugal, cada técnico tem que trabalhar para uma equipa de 14 investigadores, enquanto esse rácio na União Europeia — aliás, são os seus próprios modelos — é de 1,34. Isto significa que, por mais investigadores que o