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19 DE JANEIRO DE 2012

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Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Pedro Roque (PSD): — De facto, hoje, dia 18 de Janeiro, é um dia histórico. É o dia em que Governo

e parceiros sociais responsáveis assinaram um acordo tripartido de concertação social.

Este acordo ocorre no quadro de um exigente processo de ajustamento decorrente das obrigações de

Portugal com a troica e, ao contrário do que alguns procuram fazer crer, não se reduz a meras alterações ao

Código de Trabalho, mas possui a visão estratégica de abranger as medidas conducentes ao crescimento

económico e à criação de emprego a médio e longo prazos, incluindo capítulos detalhados ao nível de

políticas económicas, de políticas ativas de emprego e de formação profissional.

Aplausos do PSD.

O Sr. Pedro Roque (PSD): — Este esforço é particularmente importante quando as previsões

macroeconómicas para 2012, seja a nível nacional, seja a nível europeu, apontam para um cenário recessivo.

Contrastando com outros países da zona euro em dificuldades, Portugal, através do exemplo dado por

Governo e parceiros sociais, vem demonstrar urbi et orbi que sabe ultrapassar as suas divergências e unir-se

em momentos cruciais e que entende ser esse o melhor caminho para vencer a crise, salvaguardando a

coesão social.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Pedro Roque (PSD): — O PSD sempre entendeu que é estratégico mobilizar trabalhadores e

empresários para o aproveitamento das oportunidades de investimento e para o aumento da produção de

bens e serviços que concorrem com a produção estrangeira, a principal alavanca de crescimento que o País

dispõe neste momento.

No final, poderemos dizer que mereceu a pena, já que este é um período de conjugação de esforços em

que lutas estéreis apenas nos desviam, enquanto Nação, do essencial para enfrentar os desafios com que

estamos confrontados. Portugal deve estar acima do jogo partidário imediato e é um valor supremo que nos

deve unir.

Assim sendo, estamos todos convocados para esta missão patriótica.

Aplausos do PSD.

Por isso, Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as

e Srs. Deputados, é de estranhar as reações

conhecidas de alguns partidos representados nesta Câmara. Totalmente à esquerda, em bom rigor, nem

sequer poderemos falar em estranheza. A linguagem conservadora do imobilismo, corporizada nas retóricas

anacrónicas de Bloco de Esquerda e Partido Comunista, não traz nada de novo. É algo dejá vue: a vulgata

marxista da luta de classes na qual a empresa ou a iniciativa privada representam a encarnação terrestre do

Inferno de Dante.

Vozes do PSD: — Muito bem!

Protestos do PCP e do BE.

O Sr. Pedro Roque (PSD): — Provavelmente, Governo e parceiros sociais responsáveis terão estragado a

festa prevista para o congresso da CGTP — Intersindical do final deste mês…

Aplausos do PSD.

… e a liturgia da entronização da mudança de liderança daquela Central há muito escolhida no fundo do

baú da ortodoxia comunista.