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30 DE MARÇO DE 2012

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O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Era o que faltava!

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — O que se esperava de um Primeiro-Ministro era que dissesse «eu estou

a fazer tudo e vou fazer tudo para que estes jovens encontrem o seu emprego e para que o País não

desperdice a geração mais qualificada de sempre, porque sem ela não haverá futuro».

Aplausos do PS.

Em relação ao Código do Trabalho, Sr.ª Deputada, a posição de Partido Socialista é muito clara: honrar os

nossos compromissos, desde logo com o Memorando, não significa em momento algum aceder a populismos

e à demagogia com que, por exemplo, o Governo defende o corte dos feriados em Portugal,…

Aplausos do PS.

… quando os portugueses já são dos trabalhadores que mais horas trabalham na União Europeia.

Mas cumprir o Memorando da troica e, para o Partido Socialista, cumprir também com as nossas

responsabilidades não significa fragilizar as relações laborais desequilibrando de uma forma inadmissível a

relação entre patrões e trabalhadores.

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — E?!

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Por isso, Sr.ª Deputada, não tenho dúvidas de que, se o Partido

Socialista estivesse no Governo, havia opções claramente diferentes das que o Governo hoje adota com o

mesmo Memorando que o Partido Socialista negociou.

Aplausos do PS.

Já agora, Sr. Deputado Adão Silva, direi que o Partido Socialista foi, de facto, obrigado a negociar um

pedido de ajuda externa com a troica por uma razão simples: é que os senhores — e, diga-se de passagem,

com o apoio da extrema-esquerda — chumbaram o PEC 4.

Vozes do PS: — Exatamente!

Vozes do PCP e do BE: — Ahh!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Já estava a demorar! PEC 4! PEC 4!

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Os Srs. Deputados e as Sr.as

Deputadas escusam de fazer esse ar

divertido, porque foi, de facto, o chumbo do PEC 4…

Protestos do PCP e do BE.

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Sr.ª Presidente, vejo-me obrigada a falar um bocadinho…

A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, é melhor não obrigarem a Sr.ª Deputada a gritar para se fazer ouvir,

senão desconto o tempo só a partir do momento em que a Sr.ª Deputada se faça ouvir.

Faça favor, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Sr.ª Presidente, sobretudo com as minhas dificuldades auditivas, ainda

me vejo obrigada a gritar mais.

Sr.as

e Srs. Deputados, a verdade é esta: se houve um pedido de ajuda externa feito pelo anterior Governo

para Portugal foi porque os senhores provocaram uma crise política quando chumbaram o PEC 4.