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26 DE JUNHO DE 2012

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Portugal precisa também de concertação solidária, que, tal como tem sido estabelecido por esta maioria e

por este Governo, privilegia o nosso setor social, as nossas instituições particulares de solidariedade social,

que são estruturas fundamentais que queremos envolver e que queremos trazer para a atividade política e

para acudir àqueles que são os mais carenciados, num tempo que é, como o Sr. Primeiro-Ministro aqui disse,

um tempo de emergência social. E Portugal também precisa concertação institucional, de que é exemplo mais

sintomático o acordo que o Governo celebrou recentemente com a Associação Nacional de Municípios

Portugueses, para concretizar não só uma reforma administrativa ambiciosa, mas também para reequilibrar

financeiramente os municípios e, com isso, dinamizar as economias locais.

Sr. Primeiro-Ministro, numa palavra, quando o País precisa e se está a unir, esta moção visa,

ingloriamente, diria eu, semear uma divisão e um conflito que não são nada necessários.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Mas esta moção é também inconsequente, porque ela não oferece ao

País, verdadeiramente, uma alternativa política nem a quer oferecer.

Protestos da Deputada do PCP Rita Rato.

O PCP e todos os partidos que não votam contra esta moção não querem derrubar o Governo. Não se

ouviu aqui uma única palavra, nem creio que se vá ouvir, relativamente a essa matéria.

Todos os que não votam contra esta moção apenas querem, e só, protestar. É isso que motiva

efetivamente esta moção de censura.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — É falso!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Querem afirmar a sua tradicional descrença no País, na Europa e no

mundo, como disse há pouco o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Essa agora!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Mas esta é também uma moção sectária. Ela é verdadeiramente

intolerante e facciosa e não respeita o esforço, o sacrifício, se não mesmo o sofrimento de muitos e muitos

portugueses.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Os senhores é que respeitam!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Não respeita o esforço que as pessoas, as famílias, as empresas estão

a empreender para transformar e recuperar Portugal.

Protestos do Deputado do PCPJerónimo de Sousa.

Srs. Deputados, há um ano, estávamos perto da bancarrota, estávamos sem credibilidade, estávamos sem

respeitabilidade.

O desequilíbrio financeiro do País, ele sim, é origem do perigo para a manutenção do Estado social.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Ai é?!…