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I SÉRIE — NÚMERO 10

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A Sr.ª Helena André (PS): — Portanto, não se pode admirar que o PS continue a honrar aquele que é o

seu compromisso relativamente às medidas que estavam incluídas no Memorando inicial, em relação às quais

tem responsabilidades, e que não se identifique, nem apoie aquelas medidas que não têm rigorosamente nada

a ver com o Memorando inicial.

O Memorando tem de se adaptar àquela que é a realidade e àquela que é a evolução económica e social

do País. O que estamos a ver, neste momento, é que, com a governação do PSD e do CDS, é a realidade que

tem de se adaptar ao Memorando. E com essa política o Partido Socialista não pactuará, nunca!

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Para uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado Hélder Amaral.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Foram ontem conhecidos os

dados que confirmam que, nos primeiros oito meses deste ano, as exportações portuguesas de bens

cresceram 9,6%, o que significa uma subida de mais de 2600 milhões de euros, tendo, por sua vez, as

importações diminuído 4,3%. Tais factos significaram uma redução da balança comercial em mais de 4300

milhões de euros.

Em 2012, existiram meses em que as exportações cresceram quase 14%, como é exemplo o mês de

agosto, o que correspondeu a um aumento de mais de 400 milhões de euros, comparativamente com o

período homólogo do ano passado, algo que é extremamente positivo para a economia portuguesa.

Com uma Europa em crise, o tecido empresarial português, empresas, empregadores e trabalhadores, com

todo o esforço, mérito e empenho, conseguiram adaptar-se às difíceis circunstâncias, e o resultado é que

Portugal é hoje um País mais exportador e para mais destinos.

Devemos, pois, prestar homenagem à coragem, ao empreendedorismo, de empresários e trabalhadores.

Mas, para o CDS-PP, também o esforço do Governo nesta área têm sido decisivo para esse bom

desempenho. É hoje claro que existe um guião coerente e articulado para a promoção e a defesa dos

interesses da economia nacional no exterior.

A AICEP encontra-se atualmente integrada no Ministério dos Negócios Estrangeiros, em estreita

articulação com o Ministério da Economia, o que contribui para incluir a dimensão da internacionalização da

nossa economia como elemento essencial da política externa portuguesa.

Assim, enquanto as exportações portuguesas, nos oito primeiros meses do ano, cresceram 3,8%, para

dentro da União Europeia, apesar da forte retração destes mercados, para fora da União, cresceram 27%.

Hoje, o comércio com os países extracomunitários representa já 29% do nosso comércio externo.

A título de exemplo, só para a China, de janeiro a junho, Portugal exportou 441 milhões de euros em bens,

um valor muito superior aos 156 milhões de euros exportados para aquele país, no mesmo período do ano

anterior, o que corresponde a um aumento de 182%!

Por conseguinte, são esperados resultados muito positivos para a balança comercial portuguesa.

O Banco de Portugal prevê que o valor das exportações portuguesas supere, no final deste ano, o valor

das importações. Será a primeira vez que tal acontece, desde 1943.

Desde então, Portugal comprou sempre mais ao exterior do que vendeu, mas este ano, de acordo com as

previsões, tal deverá ser diferente.

O Portugal que exporta é um exemplo para todos de que é possível vencer dificuldades, de que há

qualidade e boa imagem do País nos principais mercados.

Com efeito, o Portugal que exporta diz-nos que é possível fazer mais e melhor, que é possível ultrapassar o

atual momento com menos ilusões, com mais clareza, concentrados no que é essencial e com menos

instabilidade e menos paragens nos diversos sectores.

Aplausos do CDS-PP.

É neste contexto que as greves nos portos portugueses são mais uma dificuldade que urge ultrapassar.