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I SÉRIE — NÚMERO 10

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O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Então, por que é que não resolvem o problema?!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — O que é que isso representa de perdas para a economia?

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Milhões!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — O que é isso representa para a imagem do País? O que é que isso

representa para as dificuldades acrescidas da economia?

Protestos do PCP.

Sr. Deputado, todos têm feito um esforço nesta matéria, e registo o interesse do Partido Socialista. Se não

há mais concertação, se não há mais diálogo é porque muitas vezes o Partido Socialista se furta a esse

diálogo e a essa concertação.

O Sr. Deputado referiu, e bem, que houve produtos que sofreram fortes exportações, como o ouro. Mas

esqueceu-se das máquinas, cujo valor de aumento foi de 27,5%, e esqueceu-se dos produtos alimentares e

bebidas, cujo valor de aumento foi de 13%. Direi mesmo que as máquinas são até o principal produto

exportador.

Estamos a diversificar produtos. Podia falar do vinho, mas não tenho, sequer, tempo para lhe dar uma lista

exaustiva de empresas nacionais que estão, hoje, a ganhar quotas de mercado em mercados diversificados e

novos, para além do mercado europeu.

Agradeço e realço que o Partido Socialista esteja preocupado, tenha registado com agrado o aumento das

exportações e tenha referido algo que nos deve preocupar e que deve apelar ao bom senso e à serenidade,

que são as greves, uma vez que nem todas são úteis, como facilmente se percebe.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente: — Quando indiquei a lista de oradores que iam fazer perguntas, o Sr. Deputado Luís

Menezes disse-me que a bancada do PSD, por lapso, não teria inscrito em tempo o Sr. Deputado José Manuel

Canavarro mas que foi indicado à Mesa imediatamente após a indicação dos restantes oradores. Se as

bancadas estiverem de acordo, o Sr. Deputado será o quarto orador a fazer perguntas ao Sr. Deputado Hélder

Amaral.

Pausa.

Vejo que não há oposição.

Tem a palavra, em primeiro lugar, a Sr.ª Deputada Catarina Martins.

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Hélder Amaral, a sua declaração política

preocupou-me, mas preocupou-me mais ainda a resposta que deu agora.

O Sr. Deputado veio aqui fazer uma declaração contra o direito à greve.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — O quê?!

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Não podemos aceitar que venha aqui dizer que a greve é a culpada dos

problemas económicos em Portugal ou que venha atacar o legítimo direito dos trabalhadores dos portos a

fazerem greve. Foi isso que fez na sua declaração e foi isso que fez, ainda mais, na resposta que deu agora.

Os trabalhadores dos portos estão a defender a economia. Este Governo faz o maior ataque, tornando

ainda mais precários, os trabalhadores dos portos, de tal forma que conseguiu a união de todos os

trabalhadores: estivadores, pilotos, administrativos… Talvez fosse bom o Sr. Deputado pensar que se se

consegue a unanimidade de todos os trabalhadores de todos os setores dos portos contra este Governo é