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13DEOUTUBRODE2012

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Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, recordo que está a decorrer, na sala D. Maria, a eleição de um Vice-

Secretário da Mesa da Assembleia da República.

Tem, agora, a palavra o Sr. Deputado António José Seguro, do Partido Socialista.

O Sr. AntónioJoséSeguro (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, o País vive uma crise enorme e

profunda, com graves consequências económicas e sociais. Sr. Primeiro-Ministro, quero que explique a esta

Câmara o que vai dizer de concreto na próxima reunião do Conselho Europeu para defender os interesses de

Portugal.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro para responder.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado António José Seguro, tenciono comunicar ao

Conselho, sobre as matérias que tem em agenda, das quais a mais relevante é a que reporta justamente à

criação da união financeira, aquilo que tive ocasião, agora mesmo, de dizer aos Srs. Deputados.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado António José Seguro.

O Sr. AntónioJoséSeguro (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, se é só para isso que vai à

reunião do Conselho Europeu, vai fazer muito pouco em nome da defesa dos interesses de Portugal.

VozesdoPS: — Muito bem!

O Sr. AntónioJoséSeguro (PS): — Mesmo muito pouco, Sr. Primeiro-Ministro! Para isso não é

necessário ir ao Conselho Europeu.

Aplausos do PS.

Sr. Primeiro-Ministro, se fosse eu a ir ao Conselho Europeu, iria dizer…

VozesdoPSDedoCDS-PP: — Ah!…

O Sr. AntónioJoséSeguro (PS): — Sei que isto vos incomoda, Srs. Deputados, mas é muito sério aquilo

de que estamos a falar!

O nosso País está numa situação de enorme emergência, numa situação difícil, e os nossos parceiros

europeus precisam de ouvir um Primeiro-Ministro que relate a situação difícil por que passam, neste momento,

10 milhões e meio de habitantes. Para isso, é necessário ter soluções, e para haver soluções a primeira coisa

é reconhecer que o caminho e a política que o senhor está a aplicar em Portugal é um caminho errado, com

péssimos resultados, porque aumentou a dívida, porque nem sequer conseguiu atingir o défice de 4,5% e

porque tem consequências dramáticas, com o aumento do desemprego e a quebra da nossa economia.

Aquilo que a Europa precisa de ouvir é que, por este caminho, Portugal está a empobrecer, não vai cumprir

nenhum dos seus compromissos e os portugueses vão ficar cada vez pobres, a viver em situações muito,

muito difíceis.

Portugal precisa de ter um Primeiro-Ministro no Conselho Europeu que diga que só é possível fazer

ajustamentos destes montantes com crescimento económico, que o montante dos ajustamentos deve ser feito