I SÉRIE — NÚMERO 42
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nenhuma de que este novo modelo convida o setor e convida os empresários a participarem de uma forma
diferente.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Acácio Pinto.
O Sr. Acácio Pinto (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: A Sr.ª Secretária de Estado do
Turismo afirmou aqui que era uma verdadeira reforma o que nos trazia aqui hoje. Nem é reforma e, muito
menos, uma verdadeira reforma! O que aqui nos traz é uma fuga para a frente de quem não tem nenhuma
ideia para o setor do turismo em Portugal.
Aplausos do PS.
O que a Sr.ª Secretária de Estado está a fazer é a rever um regime que tem escassos quatro anos. Ainda
não passou o tempo necessário para ser feita uma avaliação serena e clara sobre as questões do turismo em
Portugal. Ou seja, esta é uma reforma extemporânea, feita fora de tempo, feita por teimosia política da Sr.ª
Secretária de Estado e do seu Governo e sem qualquer objetivo de desenvolvimento estratégico regional do
turismo em Portugal.
Onde é que está nesta proposta que aqui nos traz a defesa de importantes marcas que temos no nosso
País, que representam espaços turísticos de eleição internacional, que o mundo conhece e que todos nós
queremos continuar a divulgar pelo mundo? Onde é que está a defesa do Douro? Sabe o que é o Douro?
Sabe o que é a serra da Estrela? Sabe o que é Fátima?
Protestos do CDS-PP.
Esses são três espaços, entre muitos, que devia conhecer e que devia também proteger nesta proposta.
Protestos do CDS-PP.
Aquilo que VV. Ex.as
nos trazem aqui é, sem pestanejar, destruir estas bandeiras que se impõem a todo o
mundo como importantes e que temos de continuar a defender.
Quanto aos trabalhadores, como é que é possível tratar trabalhadores dos polos e das entidades da área
do turismo de forma diferente? Qual é o bom princípio jurídico que a leva a tomar essa decisão? Qual é o
papel dos privados nesta proposta de lei? Trata-se de uma proposta de lei absurdamente centralista, em que
os membros do Governo tudo decidem e os privados ficam à porta! A Sr.ª Secretária de Estado escutou a ATL
(Associação de Turismo de Lisboa)? Terá ouvido, mas não escutou! Escutou a ATP (Associação de Turismo
do Porto)? Terá ouvido, mas não escutou! Escutou a CTP (Confederação do Turismo Português)? Terá
ouvido, mas não escutou! Era bom que escutasse o que dizem as associações empresariais.
O que quero dizer-lhe é o seguinte: haja decoro, porque o que verdadeiramente aqui devíamos estar a
discutir hoje eram medidas concretas para resolver as questões do turismo e as questões das empresas.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Hélder Amaral.
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Secretária de Estado, Srs. Deputados: Depois da
intervenção que acabei de ouvir, confesso que me apetecia reformular tudo o que vou dizer, mas não tenho
nem a arte nem o engenho para tanta demagogia ou para tanto exercício de distração.
Aplausos do CDS-PP.