Debates Parlamentares - Diário 054, p. 5 (2013-02-14)

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15 DE FEVEREIRO DE 2013

Dar voz a esta nossa gente é dizer, com o fôlego da resistência, que é preciso mudar de políticas. Políticas

que respeitem compromissos, sendo o primeiro dos quais, e que a todos se sobrepõe, o compromisso de

garantir aos portugueses a dignidade da condição humana, o que significa travar o desastre social em curso.

Aplausos do PS.

Mas, como fazer ver isto a quem foi entregue o mando há 604 dias, se estão impregnados pela

insensibilidade, pela teimosia, pelo preconceito ideológico?

Como fazer ver a esta maioria que o caminho que está a ser seguido está e continuará a dar maus

resultados?

Diz o povo que «o pior cego é aquele que não quer ver» e dizem uns escritos, por sinal sagrados, que «se

um cego guiar outro, ambos cairão na cova». Que premonitório para a maioria!

Como fazer entender a esta coligação que o povo português não escolheu cair com ela?

E não quer cair porque não escolheu ter dois Orçamentos do Estado consecutivos com normas lesivas da

Lei Fundamental, o último dos quais mais gravoso que o anterior, com penalizações inaceitáveis sobre as

pensões de quem, hoje indefeso, trabalhou uma vida inteira acreditando que o Estado, como pessoa de bem,

honraria os compromissos que assumiu.

E não quer cair porque não escolheu ver minguar…

A Sr.ª Presidente: — A Sr.ª Deputada, vai desculpar-me por ter de a interromper, mas há muito ruído na

Sala e a Sr.ª Deputada não pode ser ouvida em condições de ser escutada enquanto não pararmos um minuto

para que os Srs. Deputados se sentem.

Pausa.

Faça favor de continuar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Eurídice Pereira (PS): — Perguntava eu, como fazer entender a esta coligação — que agora já se

sentou — que o povo português não escolheu cair com ela?

Aplausos do PS.

E não quer cair porque não escolheu ter dois Orçamentos do Estado consecutivos com normas lesivas da

Lei Fundamental, o último dos quais mais gravoso que o anterior, com penalizações inaceitáveis sobre as

pensões de quem, hoje indefeso, trabalhou uma vida inteira acreditando que o Estado, como pessoa de bem,

honraria os compromissos que assumiu.

E não quer cair porque não escolheu ver minguar as prestações sociais ao nível próximo da caridade e a

estabilidade do direito à habitação ser agora posta em causa.

E não quer cair porque não escolheu empurrar os portugueses para a emigração, ao nível dos anos 60,

como confirmou há duas semanas um membro do Governo, e fazer, em consequência, da pátria, madrasta.

E não quer cair porque não escolheu ter escolas transformadas em cantinas sociais, locais onde muitas

crianças tomam as únicas refeições diárias porque à família foi inviabilizada a assunção de responsabilidades

básicas.

O Sr. Mota Andrade (PS): — Bem lembrado!

A Sr.ª Eurídice Pereira (PS): — E não quer cair porque não escolheu criar mecanismos que põem em

causa os princípios que estão no ADN do Serviço Nacional de Saúde.

E não quer cair porque não escolheu que o aumento do desemprego seja instrumento de pressão para a

diminuição de salários, por alegadas razões de competitividade.

Aplausos do PS.

15 DE FEVEREIRO DE 2013 5 Dar voz a esta nossa gente é dizer, com o fôlego da resistência, que é preciso mudar de políticas. Políticas que respeitem compromissos, sendo o primeiro dos quais, e que a todos se sobrepõe, o compromisso de garantir aos portugueses a dignidade da condição humana, o que significa travar o desastre social em curso. Aplausos do PS. Mas, como fazer ver isto a quem foi entregue o mando há 604 dias, se estão impregnados pela insensibilidade, pela teimosia, pelo preconceito ideológico? Como fazer ver a esta maioria que o caminho que está a ser seguido está e continuará a dar maus resultados? Diz o povo que «o pior cego é aquele que não quer ver» e dizem uns escritos, por sinal sagrados, que «se um cego guiar outro, ambos cairão na cova». Que premonitório para a maioria! Como fazer entender a esta coligação que o povo português não escolheu cair com ela? E não quer cair porque não escolheu ter dois Orçamentos do Estado consecutivos com normas lesivas da Lei Fundamental, o último dos quais mais gravoso que o anterior, com penalizações inaceitáveis sobre as pensões de quem, hoje indefeso, trabalhou uma vida inteira acreditando que o Estado, como pessoa de bem, honraria os compromissos que assumiu. E não quer cair porque não escolheu ver minguar… A Sr.ª Presidente: — A Sr.ª Deputada, vai desculpar-me por ter de a interromper, mas há muito ruído na Sala e a Sr.ª Deputada não pode ser ouvida em condições de ser escutada enquanto não pararmos um minuto para que os Srs. Deputados se sentem. Pausa. Faça favor de continuar, Sr.ª Deputada. A Sr.ª Eurídice Pereira (PS): — Perguntava eu, como fazer entender a esta coligação — que agora já se sentou — que o povo português não escolheu cair com ela? Aplausos do PS. E não quer cair porque não escolheu ter dois Orçamentos do Estado consecutivos com normas lesivas da Lei Fundamental, o último dos quais mais gravoso que o anterior, com penalizações inaceitáveis sobre as pensões de quem, hoje indefeso, trabalhou uma vida inteira acreditando que o Estado, como pessoa de bem, honraria os compromissos que assumiu. E não quer cair porque não escolheu ver minguar as prestações sociais ao nível próximo da caridade e a estabilidade do direito à habitação ser agora posta em causa. E não quer cair porque não escolheu empurrar os portugueses para a emigração, ao nível dos anos 60, como confirmou há duas semanas um membro do Governo, e fazer, em consequência, da pátria, madrasta. E não quer cair porque não escolheu ter escolas transformadas em cantinas sociais, locais onde muitas crianças tomam as únicas refeições diárias porque à família foi inviabilizada a assunção de responsabilidades básicas. O Sr. Mota Andrade (PS): — Bem lembrado! A Sr.ª Eurídice Pereira (PS): — E não quer cair porque não escolheu criar mecanismos que põem em causa os princípios que estão no ADN do Serviço Nacional de Saúde. E não quer cair porque não escolheu que o aumento do desemprego seja instrumento de pressão para a diminuição de salários, por alegadas razões de competitividade. Aplausos do PS.

ASSUNÇÃO ESTEVES
Presidente
Intervenção

PAULO BATISTA SANTOS
Deputado
Leitura

ROSA MARIA ALBERNAZ
Secretário
Leitura

EURÍDICE PEREIRA
Deputada
Declaração politica

MARIANA AIVECA
Deputada
Pedido de esclarecimento

EURÍDICE PEREIRA
Deputada
Intervenção

LUÍS MENEZES
Deputado
Pedido de esclarecimento

EURÍDICE PEREIRA
Deputada
Intervenção

JOSÉ ALBERTO LOURENÇO
Deputado
Pedido de esclarecimento

EURÍDICE PEREIRA
Deputada
Intervenção

ARTUR RÊGO
Deputado
Intervenção

EURÍDICE PEREIRA
Deputada
Intervenção

ANTÓNIO FILIPE
Deputado
Declaração politica

JOSÉ DE MATOS CORREIA
Deputado
Pedido de esclarecimento

ANTÓNIO FILIPE
Deputado
Intervenção

LUÍS FAZENDA
Deputado
Pedido de esclarecimento

ANTÓNIO FILIPE
Deputado
Intervenção

CATARINA MARTINS
Deputada
Intervenção

JOSÉ ALBERTO LOURENÇO
Deputado
Pedido de esclarecimento

CATARINA MARTINS
Deputada
Intervenção

CARLOS ZORRINHO
Deputado
Pedido de esclarecimento

CATARINA MARTINS
Deputada
Intervenção

CARLOS COSTA NEVES
Deputado
Declaração politica

MARIA HELENA ANDRÉ
Deputada
Pedido de esclarecimento

CARLOS COSTA NEVES
Deputado
Intervenção

JOÃO SERPA OLIVA
Deputado
Pedido de esclarecimento

CARLOS COSTA NEVES
Deputado
Intervenção

JOÃO LOBO
Deputado
Intervenção

RUI PAULO FIGUEIREDO
Deputado
Intervenção

CARLA CRUZ
Deputada
Intervenção

ANA DRAGO
Deputada
Intervenção

ALTINO BESSA
Deputado
Intervenção

JOÃO LOBO
Deputado
Intervenção

MANUEL PIZARRO
Deputado
Intervenção

HELENA PINTO
Deputada
Intervenção

CARLA CRUZ
Deputada
Intervenção

JOÃO PRATA
Deputado
Intervenção

JOÃO SERPA OLIVA
Deputado
Intervenção

MANUEL PIZARRO
Deputado
Intervenção

HELENA PINTO
Deputada
Intervenção

JOÃO SERPA OLIVA
Deputado
Intervenção

JOÃO RAMOS
Deputado
Intervenção

LUÍS PITA AMEIXA
Deputado
Intervenção

ABEL BAPTISTA
Deputado
Intervenção

MÁRIO SIMÕES
Deputado
Intervenção

LUÍS FAZENDA
Deputado
Intervenção

LUÍS PITA AMEIXA
Deputado
Intervenção

EMÍLIA SANTOS
Deputada
Intervenção

LUÍS FAZENDA
Deputado
Intervenção

RENATO SAMPAIO
Deputado
Intervenção

HONÓRIO NOVO
Deputado
Intervenção

MICHAEL SEUFERT
Deputado
Intervenção

TERESA VASCONCELOS CAEIRO
Vice-Presidente
Encerramento da sessão

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