I SÉRIE — NÚMERO 100
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Começamos por votar o voto n.º 131/XII (2.ª) — De pesar pelo falecimento do Prof. António Rosa Mendes
(PSD, CDS-PP, PCP, PS e BE), que vai ser lido pelo Sr. Secretário.
O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«António Manuel Nunes Rosa Mendes nasceu em Vila Nova de Cacela, concelho de Vila Real de Santo
António, no Algarve, a 21 de Maio de 1954. Fez o ensino secundário no Liceu Nacional de Faro, tendo-se
licenciado em História e em Direito, pela Universidade de Lisboa, respetivamente, em 1981 e 1995. Mais tarde,
graduou-se em Mestre em História Cultural e Política, em 1991, pela Universidade Nova de Lisboa, e
Doutorou-se em Historia Moderna, em 2003, pela Universidade do Algarve.
Era professor na Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade do Algarve, tendo lecionado
as disciplinas de História da Cultura, História do Algarve e Direito do Património Cultural. Era, ainda, Diretor da
Biblioteca daquela instituição universitária, tendo sido responsável pelo Centro de Estudos de Património e
História do Algarve (CEPHA). As raízes algarvias marcaram toda a sua intervenção académica, cívica, social e
política. Foi um professor emérito, respeitado e admirado por alunos e colegas e por toda a comunidade das
suas relações, tendo contribuído para impulsionar a investigação científica em torno da História do Algarve.
Deixa em todos quantos o conheceram uma imagem de homem íntegro, culto, humanista, desprendido,
humilde, com carácter, princípios e coragem cívica.
Foi um regionalista comprometido, apaixonado pelas temáticas regionais, que lutou por uma região do
Algarve com mais poderes e autonomia administrativa e política. Além de académico e historiador, António
Rosa Mendes foi um pedagogo, poeta, jurista, editor e autor de uma vasta bibliografia.
Foi um dos fundadores da editora algarvia Gente Singular. Realizou inúmeras conferências, em Portugal e
no estrangeiro. Foi presidente da Faro, Capital Nacional da Cultura, em 2003 e 2004.
Social-democrata por opção política, foi presidente da Assembleia Municipal de Vila Real de Santo António
(1985-1989) e vereador nessa autarquia (1989-1993). Em 2011, foi mandatário distrital da candidatura do PSD
às eleições legislativas.
A 4 de Junho de 2013, António Rosa Mendes faleceu em Faro. O Algarve e o País perderam um vulto
eminente da sua cultura.
A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar o voto n.º 131/XII (2.ª), que acabou de ser lido.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Srs. Deputados, vamos guardar 1 minuto de silêncio.
A Câmara guardou, de pé, 1 minuto de silêncio.
Segue-se a votação do voto n.º 130/XII (2.ª) — De congratulação pela eleição de Roberto Azevêdo para
Diretor-Geral da Organização Mundial do Comércio (PSD, CDS-PP e PS).
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
É o seguinte:
Roberto Azevêdo foi nomeado Diretor-Geral da Organização Mundial de Comércio (OMC) no passado dia
14 de maio.
Atual embaixador do Brasil na OMC será o primeiro nacional de um país de língua portuguesa a assumir o
cargo de Diretor-Geral da OMC, em setembro próximo.
A sua eleição obteve o apoio de membros de todos os níveis de desenvolvimento e de todas as regiões
geográficas e permitirá o reforço do espaço lusófono no contexto internacional do comércio
Roberto Azevêdo, com um vasto e brilhante curriculum centrado em assuntos económicos e relações
internacionais, abraçou projetos tanto no Brasil como a nível internacional, como Subchefe para Assuntos
Económicos no Gabinete do Ministro de Estado das Relações Exteriores do Brasil, na Delegação do Brasil