28 DE JUNHO DE 2013
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A segunda grande questão a que as propostas do PS pretendem dar resposta é a da capitalização das
empresas.
Assim, a quarta proposta concreta que fazemos vai no sentido da neutralidade fiscal entre capital próprio e
capital alheio, considerando uma remuneração convencional do capital social.
Não faz sentido que, ano após ano, haja um incentivo fiscal ao financiamento bancário e nenhum incentivo
ao financiamento para capitais próprios.
Aplausos do PS.
Quinta proposta: redução da fiscalidade sobre os lucros reinvestidos.
Os lucros reinvestidos na empresa não podem ser taxados da mesma forma que os lucros distribuídos
pelos acionistas. Dinheiro reinvestido é dinheiro na economia. E deve privilegiar-se a criação líquida de postos
de trabalho.
Aplausos do PS.
Sexta proposta: prever que, para além de caução ou fiança bancária, as empresas possam prestar outra
garantia adequada para obterem, designadamente, o reembolso do IVA, conforme a lei prevê. O que está em
causa é que o fisco não penalize as empresas cumpridoras, exigindo garantias em excesso.
Sétima proposta: prever que a taxa de juros que os contribuintes pagam ao fisco seja ser igual à taxa de
juro que o fisco paga aos contribuintes.
Aplausos do PS.
Trata-se de uma medida da mais elementar justiça e equidade, mas, na verdade, hoje os contribuintes não
são tratados dessa forma.
Oitava proposta: criação de um sistema de conta corrente entre o fisco e as empresas.
Com a criação de sistema de conta corrente entre o Estado e as empresas o valor dos reembolsos será
reconhecido como crédito a favor do sujeito passivo utilizável para cumprimento das demais obrigações
tributárias de pagamento.
Outra grande preocupação das empresas é a de ter condições mínimas para prosseguir a sua atividade. E
aqui o PS apresenta duas propostas concretas de grande alcance.
Nona proposta: exigir que o fisco deve deixar de vetar sistematicamente os processos especiais de
revitalização.
O Estado sofre de uma ambiguidade quase patológica no exercício das suas funções em sede de processo
especial de recuperação de empresas. O Estado diz que a lei não lhe permite concordar com os planos que
vão contra a indisponibilidade do crédito tributário, inviabilizando o espírito da lei que o mesmo Estado criou
para recuperar essas mesmas empresas.
Impõe-se, assim, revogar a norma da Lei Geral Tributária que está a impedir, em concerto, a viabilização
de empresas economicamente viáveis mas que estão em dificuldades financeiras.
Aplausos do PS.
Décima e última proposta: redução do IVA da restauração de 23% para 13%.
Aplausos do PS.
Sempre dissemos que a subida do IVA da restauração era uma medida errada e que teria um impacto
terrível quer em termos económicos quer em termos sociais.
Segundo a AHRESP (Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal), 39 000
estabelecimentos encerraram e 75 000 trabalhadores foram para o desemprego, podendo chegar aos 120 000
trabalhadores sem emprego até ao final do ano. É, pois, tempo de mudar.