28 DE JUNHO DE 2013
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O Sr. Deputado António José Seguro apresentou aqui um conjunto de propostas positivas que
acompanharemos em geral, havendo depois algumas questões sobre as quais poderemos refletir na
especialidade. Mas é preciso também dizer o seguinte: estas propostas, sendo positivas, não são suficientes,
porque isto não vai lá sem uma alteração de fundo da orientação política do Governo.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Queria terminar, Sr. Deputado.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Vou terminar imediatamente, Sr. Presidente.
O que pergunto ao Sr. Deputado António José Seguro é se não considera que é preciso rejeitar o pacto de
agressão, que tanto afunda o nosso País, e não deixar que a nossa economia e o nosso emprego continuem
condicionados por esta agressão ao País, aos nossos direitos e ao nosso futuro.
Aplausos do PCP.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado António José
Seguro.
O Sr. António José Seguro (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Bernardino Soares, muito obrigado pela
posição que o Grupo Parlamentar do Partido Comunista toma, quer quanto à iniciativa, quer quanto ao sentido
de voto. Quero retribuir com o mesmo sentido positivo, isto é, dizer que, em sede de especialidade, o Partido
Socialista está disponível para receber os contributos do Partido Comunista Português para podermos
melhorar as propostas que aqui apresentamos.
Vozes do PS: — Muito bem!
O Sr. António José Seguro (PS): — Segunda questão, em relação à orientação de fundo.
Não podemos estar mais de acordo quanto à necessidade de haver uma orientação completamente
diferente. Mas esse acordo tem que se situar no quadro dos nossos compromissos, quer na União Europeia,
quer na zona euro. É esta a opção do Partido Socialista.
No Partido Socialista não há lugar a outro debate que não seja melhorar a Europa, mudar a Europa para
responder aos problemas dos europeus e dos portugueses, em concreto combater o desemprego.
Vozes do PS: — Muito bem!
O Sr. António José Seguro (PS): — É esse o nosso sentido, um sentido crítico, mas um sentido positivo,
de proposta. E é com esse sentido de proposta que aqui nos apresentamos e que nos associamos, como tive
oportunidade de fazer do alto da tribuna, saudando todos os trabalhadores: os trabalhadores que fazem greve;
os trabalhadores que gostariam de fazer greve e não podem fazer por diferentes razões;…
Vozes do PS: — Bem lembrado!
O Sr. António José Seguro (PS): — … os trabalhadores que estão de acordo com as nossas propostas e
que optaram por não fazer greve, e que também merecem o nosso respeito; aqueles que não trabalham
porque estão desempregados; aqueles que querem ser trabalhadores, especialmente os jovens, mas que não
têm oportunidade de emprego; e também os trabalhadores que, nos últimos anos, têm emigrado, têm saído de
Portugal e que tanta falta fazem com a sua inteligência e a sua dedicação ao nosso País.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Paulo
Batista Santos.