I SÉRIE — NÚMERO 4
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Nós não defraudaremos a confiança que os portugueses nos outorgaram. Com a votação recebida, a
nossa responsabilidade é, agora, ainda maior. Foi com responsabilidade, com verdade, com coerência e com
determinação que conseguimos a escolha inequívoca dos portugueses.
Para nós, uma relação de confiança reforçada significa, agora e antes de mais, uma responsabilidade
também reforçada.
Aplausos do PS.
Uma responsabilidade que se traduz no reafirmar dos nossos compromissos. Dos compromissos com a
dignidade e com a justiça social. E dos compromissos com o crescimento e o emprego.
Compromissos com a dignidade e a justiça social, em primeiro lugar. Nestas eleições, o Partido Socialista,
o nosso líder — dançando ou não, porque o nosso líder esteve lá e o vosso não esteve, porque não foi
desejado, porque não queria, porque não conseguia, saía do seu carro com a polícia para os comícios e
voltava para o carro, mas o nosso líder esteve lá, no terreno — disse não ao corte retroativo de pensões. E os
portugueses, com o seu voto, deram razão ao Partido Socialista.
O nosso líder, os nossos candidatos estiveram no terreno e disseram não ao destruir da escola pública e
da sua qualidade, não à segregação dos mais necessitados no acesso à educação, não à desistência do
esforço de qualificação de todos os portugueses, não à desistência na promoção do sucesso escolar, não à
desistência na redução do abandono escolar. E sabem uma coisa Srs. Deputados? Os portugueses, com o
seu voto, deram razão ao PS.
Aplausos do PS.
O PS disse não ao abandono do Estado em relação a vastas parcelas do território, tornando menos
acessível a saúde e a justiça. E os portugueses, com o seu voto, deram razão ao PS.
O PS considera a dignidade das pessoas a primeira prioridade de uma governação democrática e com
sensibilidade social. Essa dignidade está hoje posta em causa (e os senhores sabem) para cada vez mais
famílias.
E nós assumimos também os nossos compromissos com o crescimento e o emprego. O PS disse não —
foi o nosso Sr. Secretário-Geral, no terreno, que disse não e os nossos candidatos também — ao corte do
Inglês no 1.º ciclo, prova de uma falta de ambição e de visão estratégica para o desenvolvimento de Portugal.
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Isso não é rigoroso!
O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — E sabem uma coisa? Os portugueses, com o seu voto, deram razão ao PS.
Aplausos do PS.
O PS propôs a redução do IVA da restauração; propôs um IMI mais justo, um pagamento mais justo do
imposto municipal sobre imóveis; propôs uma fiscalidade mais incentivadora para as PME; propôs a
concretização de um banco de fomento, tantas vezes prometida e nunca concretizada, capaz de capitalizar as
empresas e, em particular, as empresas exportadoras; propôs o pagamento imediato das dívidas confirmadas
do Estado às empresas. E os portugueses? Os portugueses ouviram-nos e, com o seu voto, deram razão às
nossas propostas.
Propusemos isto e muito mais.
Acreditamos que o único caminho viável para Portugal poder cumprir os seus compromissos internacionais
com dignidade e justiça é o caminho do crescimento e do emprego. E os portugueses, com o seu voto,
escolheram este caminho.
Por isso, Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados, por muito que vos custe, o Partido Socialista é, hoje, a
alternativa política que os portugueses desejam. Por muito que vos custe, o PS é, hoje, a alternativa ao ciclo