O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

3 DE OUTUBRO DE 2013

27

de recessão e de empobrecimento. Por muito que vos custe, o PS é o pivot de uma plataforma alargada de

mudança.

Os portugueses, em 29 de setembro, convocaram-nos para este desafio.

Como sempre, ao longo da nossa democracia, respondemos: presente!

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Inscreveram-se, para pedir esclarecimentos, os Srs. Deputados Luís Montenegro e

Hélder Amaral, aos quais o Sr. Deputado Carlos Zorrinho responderá separadamente, conforme informou à

Mesa.

Tem a palavra o Sr. Deputado Luís Montenegro.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Carlos Zorrinho, em primeiro lugar,

permita-me que transmita à Câmara e, em particular, ao Sr. Deputado, sem qualquer tipo de subterfúgio e sem

tibiezas, uma palavra de felicitação pelo resultado alcançado pelo Partido Socialista.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Objetivamente, o Partido Socialista venceu, no plano global e nacional,

nestas eleições. Conquistou mais mandatos, mais presidências de câmaras municipais e um maior número de

votos. E, objetivamente, o PSD não cumpriu os seus objetivos para esta campanha eleitoral.

Mas isso, Sr. Deputado, não significa que seja legítimo, do ponto de vista político, fazer a apreciação que

V. Ex.ª fez na tribuna.

Hoje, durante a tarde, já aqui foram avançados vários argumentos que contrapõem a leitura aqui feita por

parte do Sr. Deputado Carlos Zorrinho.

Leitura essa, de resto, contrária àquilo que, por exemplo, o Partido Socialista fez, em 2009 ou em 2005,

quando estava no Governo e perdeu copiosamente as eleições autárquicas. Só há um exemplo em que o

Partido Socialista fez uma leitura nacional das eleições autárquicas — e esse exemplo aconteceu em 2001. É

que, em 2001, não foi o PSD, na oposição, que reclamou que o Governo se demitisse em função dos

resultados das autárquicas; foi o Primeiro-Ministro, ele próprio — na altura, o Eng.º António Guterres —, que

quis assumir o resultado das autárquicas como um indício de que não tinha condições para continuar a

governar, tal era o «pântano» a que tinha conduzido o País, nas palavras do próprio, Sr. Deputado.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Exato!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Agora, deixe-me dizer-lhe que fiquei muito surpreendido com uma

expressão utilizada por V. Ex.ª na tribuna. Disse V. Ex.ª (e passo a citar, na medida do possível) que a

responsabilidade do Partido Socialista e do seu líder tinha crescido com o resultado eleitoral de domingo.

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — Sim!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Devo dizer-lhe que tenho uma leitura completamente diferente por duas

razões.

Em primeiro lugar, porque a responsabilidade acrescida que decorre para o exercício da ação política do

Partido Socialista é aquela que tem a ver com o facto de haver 150 presidentes de câmara que, esses sim,

assumiram uma nova responsabilidade, que é a de conduzir a política autárquica nos respetivos concelhos.

Agora, a responsabilidade política do Partido Socialista e do Deputado António José Seguro mudou de sexta-

feira da semana passada para domingo à noite?

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — Para os portugueses, sim!