10 DE OUTUBRO DE 2013
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A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, está aberta a sessão.
Eram 15 horas e 6 minutos.
Podem abrir as galerias.
Antes de entrarmos na ordem do dia, o Sr. Secretário, Deputado Abel Baptista, vai fazer o favor de ler o
expediente.
O Sr. Secretário (Abel Baptista): — Sr.ª Presidente, deram entrada na Mesa, e foram admitidos por V. Ex.ª,
os seguintes diplomas: projetos de resolução n.os
835/XII (3.ª) — Pelo direito ao tratamento adequado aos
doentes com esclerose múltipla acompanhados no Serviço Nacional de Saúde (PCP), 836/XII (3.ª) —
Recomenda ao Governo o aumento imediato do salário mínimo nacional (BE), 837/XII (3.ª) — Recomenda ao
Governo a realização de uma avaliação independente do valor dos vinhos da Casa do Douro e a regularização
dos salários dos seus trabalhadores (BE), 838/XII (3.ª) — Revogação da reorganização das urgências no
período noturno na Área Metropolitana de Lisboa (PCP), 839/XII (3.ª) — Recomenda ao Governo que garanta
o acesso a medicação de primeira e segunda linhas a todos os doentes com esclerose múltipla (BE) e 840/XII
(3.ª) — Recomenda ao Governo que preserve e qualifique o serviço público da RTP (BE); e projeto de lei n.º
453/XII (3.ª) — Trigésima primeira alteração ao Código Penal, sexta alteração à Lei n.º 34/87, de 16 de julho,
primeira alteração à Lei n.º 20/2008, de 21 de abril, primeira alteração à Lei n.º 50/2007, de 31 de agosto, e
primeira alteração à Lei n.º 19/2008, de 21 de abril, no sentido de dar cumprimento às recomendações
dirigidas a Portugal em matéria de corrupção pelo GRECO, Nações Unidas e OCDE no contexto de processos
de avaliações mútuas (PSD).
Foram, ainda, admitidas pela Mesa a proposta de resolução n.º 67/XII (3.ª) — Aprova o Protocolo Adicional
às Convenções de Genebra de 12 de agosto de 1949, relativo à Adoção de um Emblema Distintivo Adicional
(Protocolo III), adotado em Genebra, em 8 de dezembro de 2005, por forma consolidar a universalidade da
Cruz Vermelha, dando resposta à necessidade de ser criado um emblema adicional sem qualquer conotação
nacionalista, política ou religiosa, e a proposta de lei n.º 173/X (3.ª) — Altera os termos da aplicação do regime
transitório de atribuição do título enfermeiro, previsto na Lei n.º 111/2009, de 16 de setembro, que procede à
primeira alteração ao Estatuto da Ordem dos Enfermeiros, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 104/98, de 21 de
abril.
É tudo, Sr.ª Presidente.
A Sr.ª Presidente: — Passamos, então, ao primeiro ponto da ordem do dia, que consiste em declarações
políticas a serem feitas pela seguinte ordem: primeiro, PCP; segundo, Bloco de Esquerda; terceiro, Os Verdes;
quarto, PSD; quinto, PS; e sexto, CDS-PP.
Estão inscritos os Srs. Deputados Jorge Machado, pelo PCP, Mariana Aiveca, pelo Bloco de Esquerda,
Paulo Batista Santos, pelo PSD, Vieira da Silva, pelo PS, e Altino Bessa, pelo CDS-PP.
Para a primeira declaração política da tarde, pelo PCP, tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Machado.
O Sr. Jorge Machado (PCP): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: O irrevogável demissionário e agora
Vice-Primeiro Ministro, Paulo Portas, deu, mais uma vez, provas na arte da dissimulação e no uso de
falsidades e da mentira para enganar os portugueses.
Qual mestre da ilusão, o Vice-Primeiro-Ministro, juntamente com a Ministra das Finanças, na passada
quinta-feira, aquando da apresentação dos resultados das oitava e nona avaliações da troica, anunciou o fim
da recessão, o abrandamento do crescimento do desemprego e disse que, e passo a citar, «em nenhuma
circunstância estamos perante um pacote de austeridade», «as medidas incidem sobre o Estado e não sobre a
sociedade», «maior esforço daqueles que têm mais e não à classe média.» Por fim, disse: «Não optámos por
medidas que poderiam deteriorar mais a coesão social ou o rendimento das famílias».
O Sr. João Oliveira (PCP): — Muito bem!