10 DE JANEIRO DE 2014
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O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Srs. Deputados, está terminada a discussão deste ponto da ordem
do dia e com ela também…
O Sr. Jorge Machado (PCP): — Sr. Presidente, peço a palavra.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Srs. Deputados, peço que façam as vossas inscrições
atempadamente para evitarmos esta situação de a Mesa não ter inscrições e dar por encerrada a discussão.
Sr. Deputado Jorge Machado, tem a palavra.
O Sr. Jorge Machado (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Percebemos, ao ouvir as intervenções,
que o PS está muito preocupado com o guião da reforma do Estado, aliás, é a única preocupação que tem
neste debate. E ficou claro que o Sr. Deputado António Gameiro não percebe que também nós revogámos a
mobilidade especial do PS, que foi a antecâmara deste diploma da requalificação, foi a porta que o PS abriu
para o despedimento dos trabalhadores.
A intervenção do PSD não nos merece qualquer comentário, dado o seu teor e o seu nível.
O CDS critica o comportamento do Partido Socialista. Porém, ao criticá-lo, faz exatamente o mesmo, mas
para pior. Portanto, não tem qualquer tipo de legitimidade para criticar esta matéria.
Mais: o Sr. Deputado Artur Rêgo, do CDS, fez um conjunto de considerações sobre o respeito pela
Constituição. Todavia, Sr. Deputado, não é esta bancada que já leva mais de seis chumbos por parte do
Tribunal Constitucional!
Vozes do PCP: — Bem lembrado!
O Sr. Jorge Machado (PCP): — Não é o PCP, são as bancadas da maioria, a do PSD e a do CDS-PP,
que, se calhar, deviam revisitar aquilo que se chama Introdução ao Estudo do Direito ou Introdução ao Estudo
do Direito Constitucional!
Protestos do PSD e do CDS-PP.
Para finalizar, Sr. Presidente e Srs. Deputados,…
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Tem mesmo que finalizar, Sr. Deputado.
O Sr. Jorge Machado (PCP): — Sr. Presidente, terminarei assim que estejam criadas as condições.
Para finalizar, queria dizer o seguinte: a maioria insiste em atacar, em desvalorizar, em impor o medo junto
dos trabalhadores da Administração Pública, em impor os despedimentos na Administração Pública, porque a
maioria sabe muito bem que não há qualquer tipo de reintegração dos trabalhadores da Administração da
Pública. As admissões estão fechadas,…
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Já estão criadas as condições para terminar, Sr. Deputado.
O Sr. Jorge Machado (PCP): — … o objetivo é o de reduzir o número de trabalhadores. É isso que os
senhores estão a fazer: a despedir trabalhadores da Administração Pública.
Para o PCP — e vou terminar, Sr. Presidente —, o caminho é diferente: valorizar o trabalho, valorizar os
trabalhadores, valorizar a Administração Pública, uma das principais conquistas de Abril que muita falta faz
aos trabalhadores e ao povo português.
Aplausos do PCP.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Mariana
Aiveca.