I SÉRIE — NÚMERO 35
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À Comissão de Trabalhadores;
Ao Sr. Presidente da Atlânticoline;
E ao anterior Presidente do Governo Regional dos Açores, Dr. Carlos César.
Fica, assim, inequivocamente evidenciado que o PSD e, por maioria de razão, os Deputados do PSD
eleitos pelo círculo eleitoral de Viana do Castelo querem apurar todos os factos que estão no âmbito da
margem de inquirição do poder legislativo. E que esta iniciativa do PCP tem intuitos meramente mediáticos,
visando o culminar da invenção de um clima de confusão para, logo depois, confecionar um lamentável
aproveitamento oportunista referindo que é necessário inquirir a putativa «desarrumação» factual que eles
próprios tanto se esforçaram por engendrar.
Os Deputados do PSD eleitos pelo círculo eleitoral de Viana do Castelo e o Grupo Parlamentar do PSD não
cederão perante este tipo de ardis. É nosso dever dignificar esta Assembleia e as figuras regimentais que
estão previstas para o seu bom funcionamento! E isto só se alcança evitando as redundâncias e recusando a
banalização dos expedientes regimentais.
Não é necessária nem oferece qualquer vantagem a criação de uma comissão de inquérito quando a
Comissão de Defesa Nacional está a realizar, e bem, o trabalho parlamentar pertinente nessa matéria.
Os Deputados do PSD eleitos pelo círculo eleitoral de Viana do Castelo, Carlos Abreu Amorim — Eduardo
Teixeira — Rosa Arezes.
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Votou esta Câmara, no dia 10 de janeiro de 2014, a iniciativa suprarreferenciada, através da qual o Partido
Comunista Português veio propor a criação de uma comissão eventual de inquérito parlamentar para
apuramento das responsabilidades dos Governos e das sucessivas administrações dos Estaleiros Navais de
Viana do Castelo nas decisões que conduziram ao desmantelamento dessa unidade industrial.
Embora discordando da forma como foi consubstanciada essa proposta, imbuída de uma apreciação
valorativa e de juízos de intenções, nomeadamente sobre a solução encontrada por este Governo, entendo
que não deve o Parlamento inviabilizar, por princípio, a realização de inquéritos parlamentares que se
destinam a averiguar do cumprimento da Constituição e das leis e a apreciar os atos do Governo e da
Administração, conforme institui o artigo 233.º do Regimento da Assembleia da República.
Mais considero que seria importante apurar responsabilidades no agravamento de uma situação que tornou
esta unidade inviável, o que determinou a decisão do atual Governo.
Assim, embora em consciência entendesse que devia votar favoravelmente a substância desta proposta, a
indicação de sentido de voto por parte da direção da bancada do meu Grupo Parlamentar motivou o meu voto
contra.
A Deputada do PSD, Maria Manuela Tender.
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Relativa ao projeto de resolução n.º 880/XII (3.ª):
O PCP sempre defendeu a vinculação dos professores contratados como medida de elementar justiça no
tratamento destes professores e de valorização da qualidade da escola pública.
As opções políticas dos sucessivos Governos PS/PSD e CDS têm representado um agravamento do
recurso ilegal à precariedade, no corte nos salários e remunerações dos docentes da escola pública,
fragilizando a escola pública enquanto instrumento de emancipação social e cultural do País e do povo.
A escola pública de qualidade para todos exige o respeito e valorização da carreira docente, a existência
do número adequado de professores e condições de trabalho que permitam assegurar o cumprimento da Lei
de Bases do Sistema Educativo e da Constituição da República Portuguesa.
Ao longo dos anos, o PCP tem defendido sempre a abertura de vagas a concurso nacional por lista
graduada em função de todas as necessidades manifestadas pelas escolas para horários completos que se
verifiquem durante três anos consecutivos.