15 DE MARÇO DE 2014
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Relativa ao projeto de lei n.º 278/XII (1.ª) (PS):
Os Deputados do PSD indicados pela JSD abaixo assinam esta declaração de voto no âmbito da votação
do projeto de lei n.º 278/XII (1.ª), referente à coadoção por casais do mesmo sexo, chumbado na sessão
plenária de 14 de março.
Estes Deputados foram, como é sabido, subscritores de um projeto de resolução propondo a realização de
um referendo nacional que incidisse sobre a substância da matéria do projeto de lei agora chumbado,
alargando até o âmbito da matéria em discussão.
Entendem estes Deputados que esta matéria justifica um debate alargado a toda a sociedade, sem estribos
no debate parlamentar. Não está, nem nunca esteve, em causa qualquer legitimidade da Assembleia da
Republica em decidir. Pelo contrário, o Parlamento como espelho da vontade popular tem sempre essa
legitimidade. Mas é bom que fique claro que para os signatários essa legitimidade é permanente, ou seja, não
decorre da nossa conveniência.
A importância da matéria votada, naquilo que é a posição pessoal de cada um dos 230 Deputados e a
posição partidária de cada um dos grupos parlamentares, não pode nem deve ficar à mercê de qualquer
maioria tangencial composta em cada dia de votação. Quer-se com isto dizer que esta matéria deve e merece
ter o respaldo numa decisão referendária para encontrar a estabilidade no ordenamento jurídico que tudo o
que se prende com o superior interesse das crianças exige.
Acresce que um debate claro e transparente, envolvendo toda a sociedade, proporcionaria um
esclarecimento que, porventura, fosse mais efetivo que aquele que é gerado pelo «mediatismo de extremos»
que esta matéria suscita e que é comum aos diferentes sentidos de voto, ganhando força quando apenas
confinado às paredes da Assembleia da República.
Ora, resultado final desta votação, num projeto de lei que passou na generalidade e chumba na
especialidade por quatro votos, vem reforçar esta posição quanto à mais-valia que representaria um debate
esclarecedor. Mais: o resultado das duas votações, na generalidade e esta donde vem a presente declaração
de voto, demonstra aquilo que os signatários sempre disseram, mas que muitos não quiseram ouvir: a
proposta de um referendo nacional não era contra a matéria em causa; antes, era-lhe muito provavelmente
favorável.
Assinam esta declaração Deputados totalmente a favor da matéria em causa, Deputados com dúvidas e
Deputados com reservas. Esta é a pluralidade que o Grupo Parlamentar do PSD demonstrou como nenhum
outro. Repetimos, nenhum outro.
Os Deputados abaixo assinados representam sentidos de voto diferentes e respeitam a liberdade de voto
de cada um, bem como a sua legitimidade. Mas não temem o debate alargado na defesa das suas convicções
— ou a devolução da escolha democrática àqueles que primeiro a exercem e a detêm.
Os Deputados do PSD, Joana Barata Lopes — Hugo Lopes Soares — Pedro Pimpão — Cláudia Monteiro
de Aguiar — Cristóvão Simão Ribeiro — André Pardal — Bruno Coimbra — Duarte Filipe Marques.
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O meu voto inicial foi favorável ao projeto de lei n.º 278/XII (1.ª) (PS), na votação na generalidade realizada
no dia 17 de maio de 2013.
Desta feita, na passada sexta-feira, dia 14 de março, resolvi abster-me.
Entre um tempo e outro, foi-me permitido recolher mais informação sobre a temática. E continuo a ser
tendencialmente favorável à coadoção por casais do mesmo género ou sexo. Contudo, a possibilidade do
referendo sobre este tema e sobre a adoção homossexual em geral mereceu, entretanto, o meu voto
favorável.
No momento em que tive que votar, na passada sexta-feira, analisados os contributos recebidos no
processo de especialidade, mormente a possibilidade de alguns institutos jurídicos já existentes, que não a