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I SÉRIE — NÚMERO 73

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Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Já agora, uma segunda pergunta sobre algo que V. Ex.ª também não referiu na sua intervenção.

O Secretário-Geral do seu partido, e bem — é louvável —, tem vindo a dizer que é preciso acabar com os

sem-abrigo, com o que não podemos estar mais de acordo. Mas coloco-lhe duas questões, a primeira das

quais é esta: V. Ex.ª concorda que é possível e realizável acabar com a existência dos sem-abrigo neste País

em quatro anos?

Segunda questão: uma vez que V. Ex.ª foi ministro da segurança social de 2005 a 2009, portanto, durante

quatro anos, porque é que não acabou com os sem-abrigo em Portugal nesses quatro anos?

Aplausos do PSD.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Vieira da Silva para responder.

O Sr. Vieira da Silva (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Adão Silva, obrigado pelas perguntas que me

colocou.

Reparei, Sr. Deputado, que lhe faltou tempo para comentar tudo o que eu disse, da tribuna, acerca da

realidade social em Portugal. Aquilo a que o Sr. Deputado estava obrigado — perdoe-me a opinião — era a

dizer se tudo aquilo que eu referi se verifica ou não: se aumentou, ou não, a pobreza; se aumentou, ou não, a

pobreza severa; se é verdade, ou não, que, ao contrário do que diz o Governo e como eu disse (não sei se o

Sr. Deputado entendeu), em dois anos, os 10% mais ricos ficaram mais ricos, em termos relativos, num

montante igual a todo o rendimento dos 10% mais pobres. É isto diminuir a desigualdade, Sr. Deputado e Sr.

Ministro?!

É esta a realidade que o Sr. Deputado, na minha opinião, deveria tentar explicar, e é sobre a veracidade,

ou não, destas questões com que deveria confrontar-me.

No que respeita à circunstância de os Srs. Deputados, quando a verdade lhes dói, não terem outra

alternativa que não seja utilizarem o argumento do passado, quero dizer-lhe, Sr. Deputado, que eu

desempenhei funções e assumi todas as minhas responsabilidades; umas coisas eu fiz pior, outras fiz melhor,

mas enquanto fui ministro a taxa de pobreza desceu sempre. Todas as taxas de pobreza!

Aplausos do PS.

Enquanto fui ministro celebrou-se um acordo — o primeiro e o único — na concertação social sobre o

aumento do salário mínimo.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Faltaram à promessa quanto ao salário mínimo!

O Sr. Vieira da Silva (PS): — É esse o despesismo de que os senhores falam?

Para falar verdade, os Srs. Deputados não tinham a bancada vazia entre 2009 e 2011, pelo que o País

também se recorda das posições que as bancadas assumiram nessa altura: então, era sempre mais despesa

e corte nos impostos. Havia uma santa aliança para agravar a situação portuguesa.

Aplausos do PS.

Depois, era a bancada do PSD, ou, melhor, quem não estava na bancada mas falava por ela, que dizia

«venha o Fundo Monetário Internacional. Venha que nós gostamos». Agora chamam-lhe «esses senhores»…

Muita coisa mudou, mas, Sr.as

e Srs. Deputados, quem convidou o Fundo Monetário Internacional a vir para

Portugal, quem colocou a primeira assinatura foi Pedro Passos Coelho.

Aplausos do PS.

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