2 DE OUTUBRO DE 2014
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O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Srs. Deputados, está aberta a sessão.
Eram 15 horas e 4 minutos.
Peço aos Srs. Agentes de autoridade o favor de abrirem as portas das galerias.
Tem a palavra o Sr. Secretário, Deputado Pedro Alves, para anunciar o expediente.
O Sr. Secretário (Pedro Alves): — Sr. Presidente, deram entrada na Mesa as seguintes iniciativas
legislativas: proposta de lei n.º 249/XII (4.ª) — Altera o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas
Coletivas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442-B/88, de 30 de novembro, transpondo a Diretiva 2014/86/UE, do
Conselho, de 8 de julho de 2014, que altera a Diretiva 2011/96/EU, relativa ao regime fiscal comum aplicável
às sociedades-mães e sociedades afiliadas de Estados-membros diferentes, adequando ainda o regime
especial de tributação de grupos de sociedades à jurisprudência recente do Tribunal de Justiça da União
Europeia, que baixa à 5.ª Comissão; proposta de resolução n.º 94/XII (4.ª) — Aprova a Convenção n.º 189,
relativa ao trabalho digno para as trabalhadoras e trabalhadores do serviço doméstico, adotada pela
Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho, na sua 100.ª sessão, realizada em Genebra, em
16 de junho de 2011, que baixa à 2.ª Comissão; projetos de lei n.os
667/XII (4.ª) — Estabelece medidas de
redução do número de alunos por turma visando a melhoria do processo de ensino-aprendizagem (PCP), que
baixa à 8.ª Comissão, 668/XII (4.ª) — Revê o regime laboral das amas (PCP), que baixa à 10.ª Comissão, e
669/XII (4.ª) — Estipula o número máximo de aluno por turma (Os Verdes), que baixa à 8.ª Comissão; e
projeto de resolução 1119/XII (4.ª) — Pela valorização e reforço do Hospital de Santa Maria Maior, Barcelos
(PCP).
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — A nossa ordem do dia é composta por dois pontos: primeiro,
declarações políticas; segundo, a apreciação do Relatório Anual do Provedor de Justiça de 2013.
Entretanto, antes de dar a palavra para declarações políticas, tem a palavra, para interpelar a Mesa, o Sr.
Deputado João Oliveira.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr. Presidente, pedi a palavra para fazer uma interpelação à Mesa, porque
este é o momento de registar o protesto do Grupo Parlamentar do PCP pela preparação de uma exposição,
nos corredores da Assembleia da República, que inclui figuras dos Presidentes da República do fascismo.
Protestamos contra a preparação desta exposição, porque, em nosso entender, não se pode apagar a
história,…
Vozes do PSD e do CDS-PP: — É isso mesmo: não se pode apagar a história!
O Sr. João Oliveira (PCP): — … nem se pode apagar da história o que significou o fascismo para os
portugueses ou o papel que tiveram os seus responsáveis e dirigentes.
Entendemos que não se pode apagar a história branqueando o fascismo e, numa exposição sobre os
Presidentes da República, incluir os Presidentes da República do fascismo a par de todos os outros
Presidentes da República, ainda por cima no ano em que comemoramos os 40 anos do 25 de Abril.
Vozes do PCP: — Muito bem!
O Sr. João Oliveira (PCP): — Utilizar critérios de mera referência cronológica para dizer que esses
Presidentes da República fazem parte da nossa história e devem ser mantidos numa exposição na Assembleia
da República é contribuir para o branqueamento do fascismo e aqueles que defenderem essas posições
devem fazê-lo conscientes do papel que assumem nessa atitude de promoção e de branqueamento do
fascismo.
A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Exatamente!