12 DE FEVEREIRO DE 2015
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Protestos do PS.
Decidam-se, Srs. Deputados: ou entregamos rendas milionárias ou não pagamos o suficiente.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Pagam demais! E o dinheiro é nosso!
O Sr. Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações: — Da nossa parte,
estamos convictos no caminho, estamos a garantir o serviço às populações a um custo sustentável do ponto
de vista orçamental e ambiental. E é esse o objetivo que temos de continuar a prosseguir.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Muito obrigada, Sr. Secretário de Estado.
Entramos agora na fase das intervenções.
Para proferir a sua intervenção, em nome do PSD, tem a palavra o Sr. Deputado Afonso Oliveira.
O Sr. Afonso Oliveira (PSD): — Sr.a Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.
as e Srs. Deputados: O
debate sobre o setor dos transportes e das empresas públicas de transportes é mais uma boa oportunidade
para discutirmos, com um grande sentido de responsabilidade, um tema da maior relevância e que diz respeito
a todos os portugueses.
Penso que não será necessário reafirmar a importância que atribuímos às políticas públicas em matéria de
transportes e o papel que desempenham, nomeadamente, na mobilidade das pessoas, na coesão social e na
coesão territorial. Este é um facto que não carece confirmação!
O transporte público e o papel que o Estado tem vindo a desempenhar, ao longo dos anos, na oferta de
mobilidade mantém a mesma importância e a mesma atualidade.
Mas as questões que se colocam hoje são bem diferentes, porque é preciso responder à forma de melhorar
o serviço público com menor afetação de recursos, garantir a qualidade com redução de custos, para o Estado
e para os contribuintes e permitir a participação do setor privado neste esforço de eficiência e de melhoria da
oferta de serviços.
Mas para que não subsista nenhuma dúvida sobre o caminho que tem sido seguido na recuperação das
empresas públicas de transportes vejamos o que nos diz o Programa deste Governo: «Os transportes, as
infraestruturas e as comunicações são pilares fundamentais de competitividade para a economia e para as
empresas portuguesas.». Clarifica, de forma inequívoca: «É essencial tomar medidas que permitam a
resolução dos défices operacionais crónicos e das dívidas financeiras crescentes e insustentáveis quer do
transporte ferroviário quer do transporte rodoviário público.»
Nas empresas de transporte ferroviário e rodoviário público teríamos, então, de melhorar a eficiência dos
operadores e alcançar resultados operacionais, estruturalmente positivos, reduzir a dívida financeira e
promover a clarificação do modelo de relacionamento com o Estado.
O Programa de Governo, aprovado em junho de 2011, afirmava a urgente necessidade de atuar sobre o
défice operacional crónico e sobre a dívida, que tinha crescido, exponencialmente, nas empresas públicas de
transportes. Estava assim identificado, e com muita clareza, o grave problema das empresas do setor
empresarial do Estado, com especial destaque, pela sua importância e dimensão, das empresas públicas de
transportes.
Também no setor empresarial do Estado, e ao contrário do que afirma a oposição, a atuação do Governo é
coerente com o que estava previsto no seu Programa, corresponde a uma exigência que resulta da realidade,
defende claramente os interesses dos portugueses.
Protestos do Deputado do PS Paulo Campos.
Sr.a Presidente, Sr.
as e Srs. Deputados: Nestas, como noutras matérias, é também nossa obrigação avivar
a memória de alguns que insistem em teses que não conferem com a realidade.