26 DE FEVEREIRO DE 2015
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Oiça mais Os Verdes, de maneira a poder ficar alertado para determinadas questões, porque essa coisa de
ir ao Tua falar com a EDP, não, obrigada, Sr.as
e Srs. Deputados! O que é importante é falar com as
populações, o que é importante é falar com as associações que se mobilizam para salvaguardar uma região
única no País, Sr.as
e Srs. Deputados, com potencialidades únicas no País.
Estou a falar, designadamente, do vale do Tua e da linha ferroviária do Tua, de um património que o
Governo se dispõe a perder, com custos enormíssimos para o País, e nós consideramos, Sr.as
e Srs.
Deputados, que é um efetivo crime ambiental, social e económico.
A Sr.ª Presidente: — Queira concluir, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Termino, Sr.ª Presidente, dizendo à Sr.ª Deputada Helena Pinto
que este era motivo mais do que suficiente para ter travado a barragem, mas, pura e simplesmente, o Sr.
Ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, não a quis travar. Esse foi o seu verdadeiro objetivo: prosseguir
com este absoluto crime.
A Sr.ª Presidente: — Assim se conclui a declaração política de Os Verdes, pelo que passamos à próxima
declaração política, que será proferida pelo PSD.
Para esse efeito, tem a palavra a Sr.ª Deputada Clara Marques Mendes.
A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Nas últimas semanas, a
situação política da Grécia tem dominado as atenções da opinião pública.
Todos registámos com agrado o acordo alcançado e assinalámos as principais propostas do Governo
grego como compromisso para poder continuar a ter o apoio da troica, designadamente: manter o programa
de privatizações em curso; combater a fraude e a evasão fiscais e reformar o IVA com o objetivo de maximizar
as receitas; implementar medidas de estabilização financeira, nomeadamente através do reforço do setor
bancário; o programa de contenção da despesa pública, a reforma da tabela salarial e a reforma da legislação
laboral.
Aguardamos a concretização destes objetivos, mas há uma conclusão que todos temos de tirar desta
situação, em especial aqueles que tanto entusiamo revelaram com o Syriza: a Grécia propõe-se fazer hoje o
que Portugal já fez nos últimos anos. Só não vê quem não quer ver!
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Mas o caso da Grécia tem uma outra virtualidade, que é a de reforçar e valorizar o exemplo notável de
Portugal e dos portugueses.
O Sr. António Filipe (PCP): — O PSD é um grande Syriza!
A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — Com todo o respeito que a Grécia nos merece, a verdade é que
Portugal não é a Grécia. Somos um caso radicalmente diferente.
Portugal pediu o resgate depois da Grécia e saiu primeiro do resgate.
Portugal teve uma saída limpa, sem segundo resgate e sem programa cautelar. A Grécia já vai no segundo
resgate e ninguém sabe o que o futuro lhe reserva.
Os gregos veem hoje os juros da dívida a subir de forma exponencial. Em Portugal, ao contrário, os juros
da dívida batem mínimos históricos.
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!
A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — A Grécia passou estes anos envolvida em convulsões sociais
graves. Em Portugal, o ajustamento realizou-se num clima de paz social, valorizando sempre a concertação.
E, como se tudo isto não chegasse, a verdade atual é bem elucidativa. Enquanto a Grécia é uma incógnita
em relação ao futuro, Portugal é a certeza que se vê: um País que já está em recuperação e em crescimento,