21 DE MARÇO DE 2015
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3 — Expressa as suas mais sentidas condolências ao Governo tunisino e às famílias das vítimas deste
atentado, manifestando a sua solidariedade a todos aqueles que, de alguma forma, se viram envolvidos neste
atentado.»
A Sr.ª Presidente: — Vamos, então, votar.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
O Sr. Deputado João Oliveira pediu a palavra para que efeito?
O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr.ª Presidente, é para informar que o Grupo Parlamentar do PCP
apresentará uma declaração de voto sobre a votação que acabámos de realizar.
A Sr.ª Presidente: — Fica registado, Sr. Deputado.
Passamos, agora, ao voto n.º 260/XII (4ª) — De saudação à candidatura do processo de confeção da louça
preta de Bisalhães à Lista do Património Cultural Imaterial que Necessita de Salvaguarda Urgente (UNESCO)
(PS, PSD, BE, Os Verdes, CDS-PP e PCP). A Sr.ª Secretária Rosa Albernaz vai fazer o favor de ler o voto.
A Sr.ª Secretária (Rosa Maria Albernaz): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: «A louça preta de Bisalhães
representa um elemento singular e ancestral da olaria nacional, devendo a sua notoriedade à cor negra que
realça as suas formas e o seu cariz único.
A sua confeção, através de processos tradicionais, mantidos até à atualidade sem alterações de maior, de
preparação, modelação, decoração manual, transporte e cozedura do barro, consiste numa atividade
historicamente ancorada na comunidade que lhe confere a designação, com raízes que remontam, pelo
menos, ao século XVI.
O Estado português, recentemente, reconheceu a louça preta de Bisalhães, dado o seu valor patrimonial e
social e enquanto elemento identitário da região, como manifestação do Património Cultural Imaterial.
Tendo em conta que esse facto, só por si, não é suficiente para travar o risco da sua extinção parcial ou
total, resultado das alterações socioeconómicas da região e das famílias que a produziam, a Câmara
Municipal de Vila Real decidiu promover a sua candidatura à inclusão na Lista do Património Cultural Imaterial
que Necessita de Salvaguarda Urgente da UNESCO, apresentgando um plano de salvaguarda cujas medidas
se compromete a cumprir.
Procura-se, assim, com a referida candidatura, face ao acentuado declínio desta atividade secular e dado o
seu caráter emblemático para a cultura popular da região, dar novo impulso a todas as ações de reabilitação e
promoção deste património imaterial e eliminar o risco da sua extinção, pugnando-se também pela dignificação
das condições de trabalho dos oleiros atuais e pela rentabilidade desta arte nobre.
A candidatura e respetivo plano de salvaguarda já receberam o apoio incondicional de inúmeras entidades,
públicas e privadas, tanto ao nível nacional como local.
Associando-se aos fundamentos e objetivos acima expressos, a Assembleia da República, reunida em
Plenário, saúda o reconhecimento pelo Estado português do processo de confeção da louça preta de
Bisalhães como património cultural imaterial e manifesta o seu apoio à iniciativa da Câmara Municipal de Vila
Real de apresentação, junto da UNESCO, da candidatura daquele processo à Lista do Património Cultural
Imaterial que Necessita de Salvaguarda Urgente (UNESCO), como mecanismo mais eficaz de salvaguarda e
afirmação nacional e internacional deste importante ativo cultural imaterial.»
A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar o voto n.º 260/XII (4.ª).
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade e aclamação.
Srs. Deputados, vamos passar à votação do projeto de resolução n.º 1281/XII (4.ª) — Recomenda o reforço
das medidas de combate ao cancro da pele (PSD e CDS-PP).