28 DE MARÇO DE 2015
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O Sr. Carlos Costa Neves (PSD): — Sr.ª Presidente, peço a palavra.
A Sr.ª Presidente: — Para que efeito, Sr. Deputado?
O Sr. Carlos Costa Neves (PSD): — Sr.ª Presidente, é para anunciar que, em relação aos últimos três
projetos de resolução votados, quer eu, quer o Sr. Deputado Carlos São Martinho, apresentaremos
declarações de voto.
A Sr.ª Presidente: — Fica registado, Sr. Deputado.
A Sr.ª Deputada Mónica Ferro pediu a palavra para que efeito?
A Sr.ª Mónica Ferro (PSD): — Sr.ª Presidente, para apresentar um requerimento oral solicitando o
adiamento, pelo prazo de uma semana, das votações na especialidade e final global dos textos finais,
apresentados pela Comissão de Defesa Nacional, relativos, respetivamente, às propostas de lei n.os
269/XII
(4.ª) — Aprova a Lei de Programação das Infraestruturas Militares e 270/XII (4.ª) — Aprova a Lei de
Programação Militar.
A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, sendo assim, vamos votar o requerimento apresentado pela Sr.ª
Deputada Mónica Ferro.
Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favor do PSD, do PS e do CDS-PP e abstenções do PCP,
do BE e de Os Verdes.
Uma vez aprovado o requerimento, ficam prejudicadas as votações na especialidade e final global dos
textos finais relativos às propostas de lei n.os
269/XII (4.ª) e 270/XII (4.ª).
A próxima reunião plenária realizar-se-á no dia 2 de abril e a ordem de trabalhos consiste no debate
quinzenal com o Primeiro-Ministro, ao abrigo da alínea b) do n.º 2 do artigo 224.º do Regimento.
Srs. Deputados, está encerrada a sessão.
Eram 12 horas e 59 minutos.
———
Declarações de voto enviadas à Mesa, para publicação
Relativa ao voto n.º 261/XII (4.ª):
A liberdade de expressão e de imprensa não pode conhecer restrições, limites ou barreiras de qualquer
natureza. É assente nesta liberdade que se constroem as democracias, se luta contra a repressão e se
promove uma sociedade mais justa.
O PSD respeita e estará sempre na primeira linha da defesa da liberdade de expressão e de imprensa.
Rafael Marques é um jornalista angolano que tem sido protagonista na contestação ao regime deste país.
Este jornalista encontra-se a ser julgado por um tribunal angolano pelo alegado crime de denúncia
caluniosa. No respeito pela soberania de cada Estado e na salvaguarda da independência do poder judicial, é
nosso entendimento que não deve haver uma intervenção externa de natureza política em processos que
correm os seus termos.
Importa deixar clara a distinção entre o exercício da função de jornalista e o uso da sua liberdade de
expressão e de informação e a intervenção em processos políticos sobre um tribunal de um Estado
estrangeiro soberano.
É com este fundamento que o Grupo Parlamentar do PSD se expressou contra no voto n.º 261/XII (4.ª).
A Direção do Grupo Parlamentar do PSD, António Rodrigues (Vice-Presidente).