2 DE MAIO DE 2015
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A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, Srs. Ministros da Solidariedade, Emprego e Segurança Social e da
Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Sr.ª Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da
Igualdade e Sr. Secretário de Estado do Emprego — a quem a Mesa cumprimenta —, está aberta a sessão.
Eram 15 horas e 10 minutos.
Podem ser abertas as galerias.
Srs. Deputados, antes de entrarmos na ordem do dia, que, como todos sabem, tem como ponto 1 o debate
de urgência, requerido pelo Grupo Parlamentar do PS, sobre a situação laboral, emprego e desemprego, dou
a palavra ao Sr. Secretário, Deputado Duarte Pacheco, para ler o expediente.
Faça favor.
O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados, deram entrada na Mesa, e
foram admitidos, os projetos de resolução n.os
1452/XII (4.ª) — Suspensão do prazo de funcionamento da X
Comissão Parlamentar de Inquérito à Tragédia de Camarate (Presidente da AR) e 1453/XII (4.ª) — Institui o
Dia Nacional da Gastronomia (PSD e CDS-PP), que baixa à 8.ª Comissão.
É tudo, Sr.ª Presidente.
A Sr.ª Presidente: — Como todos sabem, temos como ponto 1 da ordem do dia o debate de urgência,
requerido pelo Grupo Parlamentar do PS, sobre a situação laboral, emprego e desemprego.
A moldura deste debate tem uma primeira intervenção do partido da iniciativa, neste caso o PS pelo Sr.
Deputado Nuno Sá.
Sr. Deputado, tem a palavra.
O Sr. Nuno Sá (PS): — Sr.ª Presidente, Srs. Ministros, Sr.ª e Sr. Secretários de Estado, Sr.as
e Srs.
Deputados: Celebra-se amanhã o Dia do Trabalhador e o Partido Socialista, na sua esteira, marcou este
debate parlamentar sobre a situação laboral em Portugal.
Nenhuma manobra dilatória, nenhuma campanha de desinformação, permitirá ao Governo escapar da
avaliação dos resultados que apresenta agora, chegado ao fim o seu ciclo de governação.
No dia 1 de maio de 2015, impõe-se perguntar: quais os números do desemprego e do emprego, em
Portugal? Quais os níveis de rendimentos dos trabalhadores? Qual a situação da negociação coletiva? Que
condições e direitos no trabalho em Portugal? Quais os passos dados na afirmação do trabalho digno como
motor da liberdade e da plenitude do desenvolvimento humano?
Os números, mas sobretudo a vida concreta das pessoas, responde a estas questões de forma triste, mas
clara: o mundo laboral em Portugal tem sido constantemente fustigado pelas opções políticas do PSD e do
CDS-PP.
Aplausos do PS.
Neste primeiro de maio, a situação é muito pior, muito pior, por causa da governação de Passos Coelho e
Paulo Portas. Pode o Governo recusar a realidade, mas os factos, a vida das pessoas, infelizmente, confere-
nos a razão!
Aplausos do PS.
Primeiro: o desemprego estrutural, ou seja, aquele que, apesar de pequenas variações mensais, se
mantém crescente, atinge com a governação PSD/CDS-PP um nível histórico de cerca de 12%. Inaceitável!
O desemprego real ronda os 21%, porque, ao número de desempregados, temos de somar os 260 000
portugueses «desencorajados», os 161 000 portugueses «ocupados» pelo Instituto de Emprego e Formação
Profissional, que são desempregados que se encontram em ações de formação e medidas ativas de emprego.
Diga-se: aumentaram nesta Legislatura 518%, são mais 134 917 portugueses envolvidos, muito para mascarar
as estatísticas do desemprego.