15 DE JUNHO DE 2015
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A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Emília Santos.
A Sr.ª Emília Santos (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Começo por cumprimentar os
peticionários que nos acompanham nas galerias e, nesta oportunidade, endereçar à Associação de Pais e
Encarregados de Educação da Escola Secundária da Maia, na qualidade de primeiro subscritor desta petição,
o nosso justo reconhecimento por toda a colaboração que prestaram ao processo, apresentando-se sempre do
lado da solução e não do problema.
Permitam-me um breve enquadramento para dizer que, em fevereiro deste ano, mais propriamente a 9 de
fevereiro, os peticionários trouxeram à nossa reflexão — e bem — a possibilidade de alteração da legislação
que estabelece os rácios de auxiliares de ação educativa nas escolas.
Mas, em bom rigor, Sr.as
e Srs. Deputados, também o Governo estava atento e continua atento a essa
matéria e, poucos dias depois, a 12 de fevereiro, foi publicada uma nova portaria que veio alterar a fórmula de
cálculo do número de assistentes operacionais e de assistentes técnicos, tendo em vista, precisamente, o
reforço do pessoal não docente nas escolas.
Esta é a prova de que nesta, como noutras matérias, trilhamos um caminho a percorrer por todos e com
todos. É a prova de que nesta, como noutras matérias, partilhamos do diagnóstico e da solução, uma solução
que foi ao encontro das expectativas das escolas, das famílias e das autarquias, mas também uma solução
que foi, de certo modo, ao encontro do solicitado pelos peticionários.
Sr.as
e Srs. Deputados, todos sabemos, mas é sempre bom lembrar que, noutro momento e com outro
enquadramento financeiro do País, o desejável seria ir mais longe e caminhar para a solução ótima. Mas, face
à situação que herdamos e só agora começamos a inverter, depois de quatro anos de enormes sacrifícios,
ninguém com boa-fé pode negar que esta é uma solução e um enorme contributo para a resolução deste
problema. Por isso, estamos certos de que estamos no bom caminho, com a mesma certeza que este caminho
não acaba aqui, aliás, exatamente, na linha daquilo que os peticionários defendem.
De todo o modo importa esclarecer que, ao contrário do que a oposição aqui, hoje, fez crer — e, até, pela
apresentação das iniciativas que estão em discussão —, a portaria agora em vigor não é iníqua. Sabemos
que, para quem não faz contas nem pergunta de onde vem o dinheiro, os 40 milhões que esta solução
comporta é pouco. É sempre pouco para quem não faz contas!…
Na verdade, a forma de a esquerda parlamentar fazer oposição, na impossibilidade de combater a bondade
da proposta, é invocar que «é pouco». Mas o pouco a que se referem representa mais 124 funcionários, em
exercício de funções nas escolas da Maia, já a partir do próximo ano letivo, perfazendo um total de 373
funcionários, Sr.as
e Srs. Deputados. Pode não ser o ótimo, é verdade, mas acredito que, no meio escolar, a
diferença será sensível. Cabe-nos a todos nós, a todos sem exceção, estarmos atentos à reposição destes
funcionários, nos termos do definido na portaria.
Para terminar, Sr.ª Presidente, uma palavra em relação aos contratos emprego-inserção para dizer que
temos conhecimento que a DGEstE (Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares) está a trabalhar no
sentido de converter este recurso numa solução absolutamente transitória, como está também a acompanhar
as necessidades identificadas, ao nível de técnicos superiores, designadamente psicólogos, manifestando-se
empenhada na renovação do que está a correr bem e em melhorar ou alargar o número de técnicos noutros
agrupamentos escolares, através do recurso ao Programa Operacional Capital Humano.
Aqui chegados, Sr.as
e Srs. Deputados, o PSD só pode saudar esta iniciativa dos peticionários, cujas
preocupações mereceram um amplo debate interno e continuam a granjear a nossa melhor atenção, e
lamentar a demagogia aduzida aos fundamentos das iniciativas apresentadas pelo Bloco de Esquerda e pelo
PCP.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Michael
Seufert.