4 DE JULHO DE 2015
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acordo com a sua ordem jurídico-constitucional, não devendo a Assembleia da República tecer considerações
ou avaliações sobre o desenrolar dos mesmos.
A Deputada do PCP, Carla Cruz.
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Relativas ao projeto de lei n.º 1023/XII (4.ª):
A política prosseguida e implementada por este Governo de introdução do princípio do utilizador/pagador
em todas as autoestradas e do princípio da não discriminação positiva das regiões e das populações teve
como consequência, em finais de 2011, a introdução de portagens na Autoestrada do Interior Norte,
Autoestrada da Beira interior, Autoestrada da Beira Litoral e Alta e na Autoestrada do Algarve e, no ano de
2012, o fim das isenções e descontos praticadas nas autoestradas ex-SCUTS.
Esta política foi implementada sem atender aos índices de desenvolvimento das regiões, nem tão pouco à
qualidade das alternativas existentes.
Em consequência desta ação governativa, os territórios de baixa densidade viram reforçadas as condições
que impedem o seu desenvolvimento, a atratividade de investimento e a criação de emprego.
Estas políticas promovem ainda a desertificação, a subutilização das infraestruturas e recursos existentes e
a injustiça entre as populações.
O Partido Socialista defende uma solução global nacional para a política de mobilidade e transportes,
nomeadamente para a existência de portagens, assumindo a necessidade de uma descriminação positiva
quando não exista alternativa ou as condições económicas assim o exijam, como são os casos da Beira Litoral
Alta, Beira Interior, Interior Norte e a Autoestrada do Algarve.
Relativamente ao articulado do projeto de lei, constata-se que existem erros claros na sua apresentação,
desde logo porque refere autoestradas que nem sequer existem, e mesmo vias que não são SCUTS, ao
contrário do designado no título da própria iniciativa legislativa, sendo disso exemplo a Autoestrada Litoral
Centro (concessionada à Brisal e integralmente portajada) ou a Autoestrada Transmontana, que é
parcialmente portajada.
Assim, e apesar do PS defender um regime de portagens que assegure a descriminação positiva para os
territórios e populações mais desfavorecidos e sem alternativa, nomeadamente na Autoestrada do Interior
Norte, Autoestrada da Beira interior, Autoestrada da Beira Litoral e Alta e na Autoestrada do Algarve, ou
mesmo a não implementação de mais troços portajados na Autoestrada Transmontana, o PS vota contra este
projeto de lei.
O Grupo Parlamentar do Partido Socialista.
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A politica prosseguida e implementada por este Governo de introdução do princípio do utilizador/pagador
em todas as Autoestradas e do princípio da não discriminação positiva das regiões e das populações teve
como consequência, em finais de 2011, a introdução de portagens na Autoestrada do Interior Norte,
Autoestrada da Beira interior, Autoestrada da Beira Litoral e Alta e na Autoestrada do Algarve, e no ano de
2012 o fim das isenções e descontos praticadas nas Autoestradas ex-SCUTS.
Esta política foi implementada sem atender aos índices de desenvolvimento das regiões, nem tão pouco à
qualidade das alternativas existentes.
Em consequência desta ação governativa, os territórios de baixa densidade viram reforçadas as condições
que impedem o seu desenvolvimento, a atratividade de investimento e a criação de emprego.
Estas políticas promovem ainda a desertificação, a subutilização das infraestruturas e recursos existentes e
a injustiça entre as populações.
Assim, defendemos um regime de portagens que assegure a descriminação positiva para os territórios e
populações mais desfavorecidos e sem alternativa, nomeadamente na Autoestrada do Interior Norte,