9 DE JULHO DE 2015
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Mas tenho dito também que a observação da realidade deve ser feita no contexto da realidade e são os
Srs. Deputados, muitas vezes, que dizem que não devemos citar as estatísticas como se fossem meros
números, o que é verdade, pois temos de as contextualizar.
Pergunto às Sr.as
e Srs. Deputados se teria sido possível a um País que chegou à pré-bancarrota, que não
tinha financiamento em mercado, que não tinha forma de financiar a sua economia, passar por essa
circunstância aumentando o emprego, crescendo na sua economia, oferecendo melhores e mais extensas
condições sociais ao seu povo? Se fosse assim, alguma coisa estaria invertida. E esse é o problema das
oposições.
Protestos do PCP.
As oposições comprazem-se em fazer a descrição da crise, mas normalmente não oferecem nem uma
leitura adequada para resolver os problemas que conduziram e espoletaram essa situação de crise e,
normalmente, opõem-se às mudanças que haveriam de vencer as causas da crise e fazer ultrapassar os
problemas.
Vozes do PSD: — Exatamente!
O Sr. Primeiro-Ministro: — E é assim com a generalidade das perguntas que aqui foram colocadas.
Disse o Sr. Deputado Pedro Delgado Alves que recuámos muito na escola pública e na formação de
adultos. Não sei onde quer chegar, Sr. Deputado, porque, na escola pública, não só não recuámos…
Protestos do PS.
Sr. Deputado, não só não recuámos, como temos vindo a obter melhores resultados.
Vozes do PS: — Não é verdade!
O Sr. Primeiro-Ministro: — É verdade que com mais exigência do que existia antes, mas a escola pública
está forte e recomenda-se, Sr. Deputado! E o mesmo com o Serviço Nacional de Saúde!
Protestos do PS.
Apesar de quatro anos de ataques dirigidos ao Governo, como se o Serviço Nacional de Saúde estivesse à
beira da implosão, a verdade é que ele foi recapitalizado, as dívidas foram pagas; foi prestado mais e melhor
serviço. E isso, Sr. Deputado, esteve ausente do seu pedido de esclarecimentos, não sei porquê.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Por que é que na análise do estado da Nação faltou verificar o que de bom se realizou?
Também na investigação científica, aquilo que foi o orçamento executado pela Fundação para a Ciência e
a Tecnologia melhorou ao longo dos anos, a partir de 2012.
Protestos e risos de Deputados do PS.
Melhorou! Gastou-se mais dinheiro com a investigação científica, e conseguimos não só canalizar mais
apoios mas também — imagine, Sr. Deputado! — que houvesse mais investigação, mais artigos publicados,
mais investigadores portugueses a trazer para Portugal bolsas de investigação,…
Protestos do PS e do PCP.