O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

22 DE OUTUBRO DE 2015

5

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr. ª Presidente, em nome do CDS, queria dar conta da nossa

gratidão, do nosso reconhecimento e, sobretudo, da nossa esperança e convicção de podermos estar à altura

da resolução daquele problema.

Aplausos do CDS-PP, do PSD e do PS.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado João Oliveira.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, queria também, em nome do Grupo

Parlamentar do Partido Comunista Português, neste momento final da Legislatura, cumprimentar a Sr.ª

Presidente e desejar-lhe felicidades pessoais, assim como, na pessoa da Sr.ª Presidente, desejar felicidades a

todos os Deputados que cessarão funções.

É óbvio que a perspetiva com que nos colocamos perante estes últimos quatro anos é diametralmente

oposta àquela que foi aqui expressa pelo Sr. Deputado Nuno Magalhães na intervenção que me antecedeu.

Mas julgo que não deixa de ser verdade o registo de que estes quatro anos foram de grande exigência, de

grandes dificuldades, porque foram anos de grandes dificuldades para a maior parte dos portugueses,

atingidos duramente com medidas que muitas vezes saíram desta Assembleia da República.

E se é certo que os vários grupos parlamentares, perante essas medidas, tiveram oportunidade de

expressar a sua opinião, concordante ou discordante com aquilo que ia sendo feito, não é menos verdade que

todas essas dificuldades e a dureza das medidas acabaram também por se refletir no próprio funcionamento

do Parlamento e nas exigências que colocou na direção das sessões parlamentares. E obviamente que esse

quadro de dificuldades e de exigências teve de ir sendo ultrapassado pela Sr.ª Presidente.

Queria, pois, deixar o registo da forma como a Sr.ª Presidente enfrentou todas essas dificuldades e

obstáculos que se foram colocando como resultado do desenvolvimento da nossa vida política nacional e

registar, sobretudo, a honestidade e a frontalidade com que foi possível, também com a Sr.ª Presidente,

expressarmos as nossas posições e sentirmos que elas eram acolhidas, ainda que, depois, na composição

final das decisões, o quadro próprio da expressão e das posições de cada grupo parlamentar não deixasse de

se fazer sentir.

Sr.ª Presidente, deixo este registo e, uma vez mais, quero desejar-lhe votos de felicidades pessoais para o

futuro.

Aplausos do PCP, do PSD, do CDS-PP e de Os Verdes.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Filipe Soares.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, no final desta Legislatura não

escondo que é com alguma satisfação que faço esta intervenção, uma vez que este é o último dia deste ciclo

que foi negativo para o País. Esta intervenção poderia dominar esse sentimento, porque não esquecemos que,

nesses quatro anos, foram muito difíceis os dias vividos na República, mas não esquecemos que esses dias

estão a chegar ao fim, e daí a nossa satisfação.

Mas desses quatro anos passados não levamos só as coisas más. Devemos aprender a cada dia que

passa, devemos ter a capacidade de, mesmo quando discordamos, percebermos que a discordância nos pode

fazer melhor. Creio que é desse confronto de opiniões que muitas vezes tivemos que levo a relação que o

Grupo Parlamentar do Bloco Esquerda teve com a Sr.ª Presidente e, já agora, com todos os Deputados e

Deputadas que cessam funções, ou seja, com os que vão deixar de fazer parte da Assembleia da República.

É neste debate, neste diálogo, que os nossos argumentos são levados ao extremo e a nossa racionalidade

é colocada em causa, mas é também quando encontramos pela frente bons argumentos que somos capazes

de nos superar, de melhorarmos, e isso também faz parte do espírito republicano que construiu a nossa

República.

Não escondo que esta amargura de saber que esses bons momentos ficaram para trás é ultrapassada por

sabermos que os maus momentos também ficaram para trás e que um novo ciclo se abre em Portugal — não

sem dificuldades e não sem exigência, obviamente, mas sabendo que não teremos mais uma maioria absoluta