I SÉRIE — NÚMERO 11
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A Sr.ª Luísa Salgueiro (PS): — … a aumentar o número de camas — 826 — nos cuidados continuados, a
dar respostas na saúde mental. Pela primeira vez, ao fim de muitos anos, estamos a pensar na saúde dos
portugueses.
O Sr. Presidente: — Peço-lhe para concluir, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Luísa Salgueiro (PS): — Estamos preocupados com as contas. Esperemos pelo fim do ano para
compararmos os nossos resultados com os vossos. Não temos problemas, pedimos meças a quem possa fazer
melhor.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado António Leitão Amaro, do PSD.
O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Ouvimos aqui as intervenções
quer do Governo, quer das esquerdas, verdadeiramente a esquerda-retrovisor ou o Governo-retrovisor, que, em
vez de olharem para o que está a acontecer ou de decidirem para o futuro, não param de olhar para o retrovisor
e de falar do passado.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Protestos do PS e do PCP.
Mas, Sr.as e Srs. Deputados, é por isso que, quando há filas nos transportes públicos, quando há carruagens
paradas, quando há escolas fechadas — e são os responsáveis do setor que dizem que há emergência na
saúde e são os dados oficiais que dizem que as dívidas se acumulam —, os senhores olham para o retrovisor!
Mas não é de um Governo com os olhos no retrovisor que precisamos. É porque estão a olhar para o
retrovisor que os senhores tomam decisões erradas! E é por isso que decidem cortar no investimento público e
em investimento nos serviços públicos, desviar a receita, não para devolver dinheiro aos portugueses, porque o
cobram, não só com mais impostos, mas para o deslocarem no sentido de outra despesa corrente.
O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr. Deputado.
O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — É assim que são criados os problemas… São decisões vossas, como
a das 35 horas, como a das cativações, que criam estes problemas nos serviços públicos!
O Sr. Presidente: — Muito obrigado, Sr. Deputado. Tem de concluir.
O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Vou terminar, Sr. Presidente, dizendo o seguinte: de palavra dada e
não honrada já estamos fartos.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Então mude de vida!
O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — O problema é que estas promessas falhadas são o sofrimento dos
utentes dos serviços públicos portugueses, e isso é mau e os olhos no retrovisor não permitem vê-lo.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para uma intervenção, em nome do Governo, o Sr. Ministro Adjunto,
Eduardo Cabrita.