7 DE JANEIRO DE 2017
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Também valorizámos a escola pública quando definimos que o financiamento do ensino particular e
cooperativo apenas poderia ocorrer em função da racionalidade da rede existente. Defender a escola pública é
igualmente investir em centenas de obras no parque escolar, em parceria com as autarquias em todo o território,
é expandir o pré-escolar até aos três anos de idade e rever o curriculum partindo sempre da qualidade das
aprendizagens, devolvendo autonomia às escolas e aos professores, construindo consensos e sabendo ouvir e
auscultar.
O Grupo Parlamentar do Partido Socialista vota, assim, favoravelmente este projeto de resolução, porque
faz parte da sua história política e cívica a defesa da escola pública, e nessa medida viabiliza a iniciativa vertente,
distanciando-se, contudo, dos seus autores quanto à avaliação negativa que estes efetuam ao percurso
existente nestes 40 anos pós-25 de Abril, porque, no que tange à responsabilidade do PS em matéria de
educação, entendemos que foi trilhado um percurso de progresso, desenvolvimento e aprofundamento da
igualdade com inegáveis ganhos de equidade, como bem atestam todos os Relatórios do Estado da Educação
do CNE (Conselho Nacional de Educação) e vários estudos internacionais.
Fomos e seremos sempre «Abril de SIM» em matéria de educação e temos a consciência tranquila de que
seguimos sempre o melhor farol numa democracia: a Constituição da República.
Os Deputados e as Deputadas do PS, Susana Amador — Porfírio Silva — André Pinotes Batista — Diogo
Leão — Elza Pais — João Torres — Maria Augusta Santos — Odete João — Palmira Maciel — Sandra
Pontedeira.
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Relativa às propostas de resolução n.os 27, 28, 33 e 34/XIII (2.a):
A realidade dos offshore é hoje conhecida à custa dos diversos escândalos que foram tornados públicos e
que mostram a existência de países, territórios ou regiões com regimes jurídicos criados unicamente para
permitir a evasão fiscal, permitindo a quem se socorre deles fugir às obrigações fiscais, furtando-se ao
pagamento de impostos que depois faltam, por exemplo, para investimento nos serviços públicos.
O Bloco de Esquerda considera fundamental a utilização de todos os meios disponíveis para combater os
offshore, a evasão fiscal, a criminalidade financeira e a falta de transparência. Num contexto em que a circulação
internacional de capitais é uma realidade, a celebração de acordos internacionais tendo em vista a troca de
informações em matéria fiscal pode permitir a utilização de instrumentos importantes para combater essa evasão
fiscal.
No entanto, um acordo para a troca de informação fiscal não pode ficar só pelo nome. E este Acordo denota
fragilidades que podem colocar em causa justamente a própria troca de informações e o esclarecimento das
situações tributárias que diz querer possibilitar. Não defende os países dos offshore. Inclusive, as informações
poderiam ir mais longe, alcançando o beneficiário efetivo das sociedades e entidades que se relacionam com
tais territórios.
Acresce que estes acordos, sendo insuficientes, podem acarretar uma consequência associada muito
gravosa: fundamentar que quem os assina seja retirado da lista dos países, territórios e regiões com regimes de
tributação privilegiada claramente mais favoráveis, quando, em verdade, pouco ou nada mudou. Uma lavagem
de imagem, sem alteração substancial.
Por estes motivos, o Grupo Parlamentar absteve-se na votação desta proposta de resolução.
As Deputadas e os Deputados do Bloco de Esquerda.
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Relativa às propostas de resolução n.os 30 e 31/XIII (2.ª):
O Grupo Parlamentar do PCP votou contra as propostas de resolução em epígrafe, que introduzem
alterações ao Estatuto do Tribunal Internacional em coerência com a posição que manifestou aquando da