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14 DE JANEIRO DE 2017

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longevidade, também é verdade que o mesmo não se pode dizer sobre a esperança de vida, com saúde, dos

idosos, em que os resultados portugueses não são tão animadores.

Ainda ontem, numa visita que fizemos com a Presidente do nosso partido a um hospital de Lisboa, pudemos

constatar que os idosos continuam a ser a fatia preponderante das pessoas internadas, com patologias cada

vez mais numerosas e, portanto, com uma carga de doença que obviamente prejudica o envelhecimento com

mais qualidade.

O que queríamos lembrar também é que assumimos claramente as responsabilidades das decisões que

tomámos num tempo de assistência financeira que teve de acontecer porque alguns, hoje aqui presentes e tão

silenciosos sobre esta matéria, nos deixaram à beira da bancarrota. Portanto, os idosos também não esquecem

por que é que esse período aconteceu.

Vozes do CDS-PP: — Bem lembrado!

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — O certo é que não cristalizámos no passado e não perdemos

qualquer tipo de legitimidade para fazer propostas concretas sobre o presente e sobre o futuro. Nessa medida,

lamentamos até o discurso passadista de outras bancadas e que, pura e simplesmente, representa um

desrespeito para com os idosos que não podem contar com nada mais a não ser um debate animado sobre

passa-culpas, sem propostas concretas e efetivas sobre o presente e sobre o futuro.

Aplausos do CDS-PP.

Portanto, para terminar, centrando as minhas preocupações sobre o apoio aos idosos no âmbito da saúde e,

sendo eles os que representam o grupo mais numeroso de pessoas que estão internadas nos nossos hospitais,

que carecem de um acompanhamento específico e de uma nova preparação dos profissionais de saúde,

nomeadamente dos médicos, gostava de perguntar à Sr.ª Deputada — felicitando-a, uma vez mais, pelo tema

que hoje nos traz — como pode ser concretizada esta prioridade, uma vez que já existe uma resolução da

Assembleia da República nesta matéria por proposta do CDS. Pergunto também se não vê com preocupação o

avolumar das dívidas no Serviço Nacional de Saúde, que o capturam e sequestram naquela que pode ser a sua

melhor função de apoio no Estado social que todos pretendemos a funcionar.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Carla Cruz, do Grupo

Parlamentar do PCP.

A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr.ª Deputada Teresa Morais, o PSD traz a

debate um conjunto de iniciativas sobre o envelhecimento, que, no passado, era «ativo» e, agora, é «positivo»

— vejam bem!

A Sr.ª Deputada disse na tribuna que as iniciativas que apresentavam não eram meros anúncios. Sr.ª

Deputada, nada mais falso, porque, o plano ou a proposta de plano apresentados são só um conjunto de

generalidades e de enunciados! Isto porque de propostas concretas para resolver os problemas dos idosos,

sobretudo, os problemas com que os idosos se confrontam na área da saúde, o que lá está é zero!

A Sr.ª Teresa Morais (PSD): — Isso é da função executiva! O Governo é que executa o plano, não é o

Parlamento!

A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — Mas vamos a exemplos concretos que estão lá e que demonstram qual é o

objetivo final deste debate, que é, como já aqui foi dito pela minha camarada Diana Ferreira, branquear e limpar

as responsabilidades que têm naquela que é a situação com que os idosos se confrontam no acesso à saúde.

Aplausos do PCP.