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I SÉRIE — NÚMERO 38

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Diz o tal plano que «…tem sido reconhecida a importância do envelhecimento ativo (…) para o reforço da

saúde…», mas esqueceram-se de corrigir para «envelhecimento positivo». E diz também que «… se queremos

uma sociedade mais desenvolvida (…) tem de (…) se procurar aumentar a esperança média de vida,

acompanhando-a da melhor saúde possível…».

Sr.ª Deputada, nada mais hipócrita quando olhamos para as preocupações e para as políticas que tiveram

relativamente à saúde! Qual era a preocupação do PSD quando fez um aumento brutal das taxas moderadoras

que impediram os doentes de aceder a consultas?

A Sr.ª Diana Ferreira (PCP): — Exatamente! Pois é!

A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — E quando retirou a isenção de doentes crónicos, que são, na sua esmagadora

maioria, doentes idosos e com que hoje se preocupam?

Onde esteve a preocupação do PSD quando alterou o modelo de transportes não urgentes de doentes que

impediram muitos deles de ir a consultas, a tratamentos, a realizar exames médicos?

Onde estavam as preocupações do PSD quando encerraram serviços de proximidade, Sr.ª Deputada, e

impediram estes doentes de ir a esse tipo de consultas, que evitavam que fossem para os serviços de urgência?

Sr.ª Deputada, sobre a dor, será que a grande preocupação dos doentes é a não formação dos profissionais?

Preocupa-nos, de facto, não terem é acesso à terapêutica mais adequada, ao acompanhamento de

profissionais. Mas onde é que esteve a preocupação do PSD relativamente a esta matéria? Não foi nenhuma

nos últimos quatro anos! Bem pelo contrário, dificultaram o acesso e a vida dos profissionais de saúde que

acompanhavam estes doentes.

Sr.ª Deputada, voltemos ao presente: onde é que estão as preocupações do PSD em resolver estes

problemas concretos?

O PCP, nesta Legislatura, apresentou propostas concretas que resolveriam a vida destes doentes.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Está bem, está!

A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — E o PSD como é que esteve? Votou contra, quando apresentámos propostas

para revogar a portaria que encerrava serviços de proximidade e hospitais! Votou contra, quando apresentámos

um projeto que revogava o despacho do seu Governo, PSD e CDS, que promoveu o encerramento e a

desclassificação de urgências de proximidade! Votou contra, quando apresentámos propostas para o reforço

público dos cuidados continuados!

E agora estão tão preocupados no PSD?! São preocupações hipócritas e demagógicas para limpar as

responsabilidades que têm na situação dos doentes em Portugal.

Aplausos do PCP.

Entretanto, assumiu a presidência o Vice-Presidente José de Matos Correia.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Teresa Morais.

A Sr.ª Teresa Morais (PSD): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Isabel Galriça Neto, quero agradecer a sua

pergunta e a natureza da prévia intervenção que fez. O reconhecimento da importância deste debate vindo da

Sr.ª Deputada, sabendo o que sabe sobre estas matérias, é particularmente confortável.

Portanto, quero dizer-lhe, quanto à pergunta concreta que faz, que acho que, de facto, a resolução que já

aqui foi aprovada deve ser concretizada, mas só o pode ser através de um diálogo entre o Governo, as

universidades e outras instituições de ensino superior, uma vez que a introdução destas matérias e a criação —

não é isso que propomos, mas constava da proposta do CDS — de uma eventual especialidade tem de ser

concertada quer com as universidades, quer com as ordens aqui envolvidas. Não podemos atropelar a

autonomia universitária impondo que essas disciplinas sejam obrigatórias.

O que esperamos é que, de facto, o Governo faça a sua parte, promovendo um debate com as organizações

envolvidas, em particular, para a introdução destas matérias na base da preparação e do estudo dos