I SÉRIE — NÚMERO 19
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Protestos da Deputada do PCP Rita Rato.
… para que revejam a bondade do regime que está em vigor e que possam aprovar a intenção do PSD de
manter a possibilidade e o direito de escolha para os trabalhadores portugueses.
Por último, existia a possibilidade de, perante uma proposta do Governo e do Partido Socialista, existir um
perdão fiscal para certos bancos. Questionámos o Governo, questionámos o Partido Socialista, questionámos
a frente de esquerda que nos governa e não fomos esclarecidos.
A Sr.ª Rita Rato (PCP): — E o que é o que PSD fez?!
O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Eram propostas obscuras, que levantavam muitas dúvidas, e o
Governo negou veementemente que esta proposta fosse obscura e que levantasse dúvidas. O que é que vemos
agora? O Partido Socialista a retirar a sua proposta! Porquê? Queremos saber.
A proposta era, de facto, de molde a criar uma desigualdade entre os bancos e as outras empresas. Aquilo
que queremos saber é por que é que uma proposta, que ainda ontem diziam ser imprescindível, ser fundamental,
foi retirada? Os portugueses querem saber exatamente o que é que estava por detrás da proposta e da sua
retirada.
Aplausos do PSD.
A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Só agora é que decidiram pensar nisso?!
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem agora a palavra, para uma intervenção, a Sr.ª Deputada Sandra
Cunha.
A Sr.ª Sandra Cunha (BE): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: 472
mulheres assassinadas em 14 anos, muitas mais vítimas de tentativa de homicídio, centenas de crianças órfãs,
23 000 participações de violência doméstica só no ano passado.
Os números falam por si, mas, porque sabemos que estes números são só a ponta do iceberg, esta matéria
tem mesmo de ser prioritária. Por isso, a proposta do Bloco de Esquerda, de se proceder à instalação das salas
de atendimento à vítima, garantindo a cobertura nacional já em 2018, é tão importante para que qualquer vítima,
em qualquer ponto do País, tenha a confiança de que a sua proteção importa e tenha a garantia de um
atendimento e acompanhamento de qualidade e em condições de privacidade e segurança.
As vítimas não podem esperar e ainda bem que assim será.
Aplausos do BE.
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Marisabel Moutela.
A Sr.ª Marisabel Moutela (PS): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados: Para o PSD
e os seus líderes, este é um Orçamento que não está orientado para o futuro e não serve os interesses coletivos,
não serve o País.
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — E bem!
A Sr.ª Marisabel Moutela (PS): — Para o CDS e a sua líder, este é um Orçamento com uma omissão grave
de visão, é um Orçamento que torna difícil subir na vida.
Contrariamente ao que os Srs. Deputados do PSD e do CDS têm espalhado profusamente, este não é um
Orçamento sem estratégia, não é um Orçamento sem visão, não é um Orçamento que não pensa no presente
e no futuro dos portugueses.