I SÉRIE — NÚMERO 32
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Vamos, então, iniciar as votações, começando pelo voto n.º 459/XIII (3.ª) — De pesar pelo falecimento de
Maria Antónia da Silva Figueiredo, apresentado pelo CDS-PP, pelo PSD, pelo PS, pelo BE, pelo PCP e por Os
Verdes.
Peço à Sr.ª Secretária Emília Santos o favor de proceder à leitura do referido voto.
A Sr.ª Secretária (Emília Santos): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«Faleceu no dia 28 de dezembro Maria Antónia da Silva Figueiredo, Secretária-Geral Adjunta da
Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas (CONFAGRI) e do Crédito Agrícola de Portugal, e Vice-
Presidente da Confederação Geral das Cooperativas Agrícolas da União Europeia (COGECA).
Natural de Alvaiázere, distrito de Leiria, era engenheira agrónoma de formação. Ingressou na CONFAGRI
em 1988 e foi, desde a adesão de Portugal à então CEE, a mulher portuguesa que assumiu funções de maior
representatividade associativa, no âmbito da agricultura, em Bruxelas.
Era também coordenadora do Departamento de Políticas de Mercados e Preços e das áreas das Ajudas ao
Rendimento dos Agricultores da CONFAGRI e, desde 1997, Presidente do Observatório dos Mercados Agrícolas
e Importações Agroalimentares.
Pelas suas reconhecidas qualidades de comunicação e profundo conhecimento na área agrícola, dinamizou
para a RTP conteúdos relacionados com atividades desenvolvidas no mundo rural português, reproduzidos
desde 2004 em centenas de programas, e participou em inúmeros colóquios e seminários junto de técnicos de
cooperativas e associações agrícolas e de agricultores de todo o País.
Maria Antónia Figueiredo era uma mulher enérgica, combativa e dedicada, que dedicou uma boa parte da
sua vida ao reforço do movimento cooperativo e dos agricultores portugueses, pelo que não só o setor
cooperativo, mas todo o setor agrícola nacional fica mais pobre com a sua partida.
Reunidos em sessão plenária, os Deputados à Assembleia da República apresentam as mais sentidas
condolências à família, amigos, colegas e todos quantos com ela privaram, reconhecendo a importância do seu
legado para a economia agrícola nacional.»
O Sr. Presidente — Srs. Deputados, vamos votar o voto que acabou de ser lido.
Apresento também os meus sentimentos às dirigentes da CONFAGRI, aqui presentes, e à família.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Srs. Deputados, vamos passar ao voto n.º 460/XIII (3.ª) — De pesar pelo falecimento de Maria Teresa
Ramalho, apresentado pelo CDS-PP e subscrito por Deputados do PS.
Peço ao Sr. Secretário António Carlos Monteiro o favor de ler o voto.
O Sr. Secretário (António Carlos Monteiro): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«No segundo dia de janeiro de 2018, morreu a atriz e escritora Maria Teresa Ramalho.
Nascida em Lisboa em 1927, ficou conhecida pelo grande público como Tareka, após a sua participação no
programa A visita da Cornélia, em conjunto com o seu filho Tozé Martinho.
Participou em inúmeras produções para televisão, como as telenovelas Origens, Palavras Cruzadas, Os
Homens da Segurança, Ricardina e Marta, Olhos de Água e Sentimentos, entre muitas outras. Entrou ainda na
série Uma Aventura, inspirada nos livros escritos por Ana Maria Magalhães, sua filha, e Isabel Alçada.
Publicou, sob o pseudónimo Ângela Sarmento, o primeiro livro, A Árvore, em 1961, seguindo-se Os Dias
Longos, em 1968, e À Beira da Estrada, em 1974, A Hora da Verdade, em 2002, e Olha Para Mim, em 2014.
Residente, desde o seu casamento com João José Ramalho, em 1961, em Salvaterra de Magos, foi
justamente homenageada por este município em 2015, com a exposição intitulada Um sonho primaveril - vida e
obra de Teresa Ramalho (Tareka).
A sua longa atividade dedicada às artes e à cultura foi retribuída com o grande afeto dos portugueses que,
especialmente através da televisão, a conheceram e reconheceram a grandeza da sua vida e talentos.
A Assembleia da República, reunida em Plenário, apresenta sentidas condolências à família e amigos de
Maria Teresa Ramalho, Tareka.»