O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 48

24

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Agradeço que termine, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Para que isso aconteça são necessários mais recursos e para que haja mais

recursos é necessário que os Estados contribuam mais. Por isso, já dissemos que apoiamos a proposta da

Comissão para que a contribuição seja alargada para 1,2% do Produto, assim como apoiamos a criação de

recursos próprios da União, seja por via da taxação da economia digital, seja por via das transações financeiras,

seja por via da economia do carbono.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr. Primeiro-Ministro, tem mesmo de terminar.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sim, são necessários mais recursos próprios, são necessárias mais

transferências se queremos que a União Europeia não diminua a sua capacidade de apoiar a nossa agricultura

ou o desenvolvimento harmonioso das nossas regiões.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — A Sr.ª Deputada Assunção Cristas dispõe ainda de 2 segundos.

Pergunto se pretende utilizá-los.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sr. Presidente, pretendo utilizar 2 segundos, mais 1 minuto e 33

segundos, que foi a tolerância dada ao Bloco de Esquerda.

Vozes do PS: — Ah!

O Sr. Jorge Duarte Costa (BE): — Já não precisamos da Mesa!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, em relação à questão europeia,

deixe-me dizer-lhe que, se tiver atenção, verificará que já deu entrada neste Parlamento um projeto de resolução

do CDS onde, precisamente, se defende um alargamento do orçamento da União para que não sejam

prejudicadas as verbas da agricultura e da coesão, que são muito importantes para o nosso País.

A pergunta que fiz não era essa e o Sr. Primeiro-Ministro não respondeu. O que eu queria saber é quanto é

que vamos contribuir a mais. É mais uma pergunta sem resposta. Sabe porquê, Sr. Primeiro-Ministro? Porque,

depois, provavelmente eu poderia dizer que, para esse montante, temos os números do crescimento económico

que seriam certamente capazes de acomodar esse aumento de contribuição por parte do Estado português. O

que não nos parece possível, viável ou desejável, porque, além de mais, aliena uma parte substancial da nossa

soberania, é estar a criar impostos europeus em áreas tão sensíveis, onde, de resto, estamos a querer criar

áreas de grande competitividade, como seja a área digital.

Protestos do Deputado do PS João Galamba.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Faça favor de terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Para terminar, Sr. Presidente, com a sua tolerância, diria ao Sr.

Primeiro-Ministro que devia tomar mais atenção quando nos responde sobre saúde, porque já não é a primeira

vez que responde, as perguntas foram feitas muitas vezes. E se o CDS faz perguntas que, por sinal, desta vez,

também foram feitas pelo Bloco de Esquerda não acha estranho?

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Faça favor de terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Não há de haver qualquer coisa que, afinal, não está assim tão bem

neste filme todo?