31 DE MARÇO DE 2018
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Qualquer posição por nós defendida será sempre em consonância com uma posição assumidamente
ideológica, socialista e de princípio, a favor da liberdade, da democracia e dos direitos humanos e políticos.
Os Deputados do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, Carla Tavares — Wanda Guimarães — Hugo
Costa — Sofia Araújo.
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Relativa ao voto n.º 504/XIII (3.ª):
Depois de ter apresentado em fevereiro um voto que caucionava e legitimava a agressão à República Árabe
Síria, o BE apresenta um novo voto, agora relativo à situação que se vive em Afrin, ocultando que se trata da
agressão da Turquia à Síria e dando por assumida a sua desagregação e o desrespeito pela sua integridade
territorial.
Desde o início das operações de ingerência e agressão contra a Síria que o PCP defende a integridade
territorial e soberania daquele País e Estado soberano, tendo sido o único partido português a assumir de forma
clara e inequívoca essa posição, a par da defesa do diálogo político e de conciliação nacional na República
Árabe Síria.
Qualquer ato de agressão contra aquele País, qualquer intervenção militar não autorizada pelo legítimo
governo sírio merece a condenação do PCP. Assim é com as agressões externas perpetradas, de forma direta
ou indireta, pelos EUA, Arábia Saudita, Qatar, Israel, França, Reino Unido, entre outras, e assim é também com
os ataques levados a cabo pela Turquia em território sírio.
Infelizmente, nem sempre o BE acompanhou as posições de defesa, clara e inequívoca, da soberania e
integridade territorial da Síria, como de resto acontece flagrantemente neste voto em que justamente
condenando a agressão militar perpetrada pela Turquia em Afrin, o BE oculta que se trata de nova expressão
da agressão militar que dura há já sete anos contra a Síria.
De igual modo o PCP já exprimiu em diversas situações a sua condenação pelas ações de violenta repressão
e perseguição do povo curdo pelo Governo e exércitos turcos e reafirmou por diversas vezes a defesa dos seus
direitos.
O voto apresentado pelo Bloco de Esquerda, apontando desta vez no sentido correto, padece contudo de
uma ambiguidade não negligenciável ao não referir, especialmente na parte resolutiva do voto, aquilo que é
fundamental defender num momento em que as ameaças externas àquele País são inúmeras: a constatação de
que os ataques se dão em território sírio e a defesa da integridade territorial e da soberania síria sobre o seu
território. Daí a abstenção do PCP.
Os Deputados do PCP, João Oliveira — António Filipe.
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Relativas ao voto n.º 505/XIII (3.ª):
O Grupo Parlamentar do PS apresenta uma declaração de voto ao voto, apresentado pelo PSD, n.º 505/XIII
(3.ª), de condenação pelo lançamento de mísseis pelo Iémen sobre a capital da Arábia Saudita, porque
considera o texto simplista e redutor, tanto na sua parte justificativa como resolutiva, dada a complexidade da
situação política, militar e religiosa no Iémen.
Objetivamente, todos os atos de violência contra populações indefesas e inocentes merecem condenação,
razão pela qual o Grupo Parlamentar do PS votou favoravelmente o texto proposto pelo PSD. Mas não pode
deixar de fazer os devidos reparos ao facto de considerar que o mesmo voto não deve servir para encobrir as
responsabilidades da Arábia Saudita e da coligação que lidera na desestabilização do Iémen com a guerra
sangrenta que tem levado a cabo no seu território desde 2015, fragilizando ainda mais um país com imensas
debilidades em termos económicos, sociais e políticos e graves problemas a nível das estruturas de saúde, de
abastecimento de água e segurança alimentar.