5 DE ABRIL DE 2018
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Portanto, as conclusões do grupo de trabalho sobre gestão de meios aéreos, feito entre o Ministério da
Administração Interna e o Ministério da Defesa, apontam para a dotação do Estado com meios próprios a serem
operados pela Força Aérea. Esses meios próprios não estarão disponíveis neste ano, sempre o dissemos. Por
isso, teremos de construir soluções num modelo de base contratual para responder preventivamente àqueles
que são os riscos deste tempo de transição entre 2018 e 2019.
Mas teremos mais Força Aérea no sistema, quer na dimensão daquilo que é a intervenção preventiva na
deteção de riscos, através de aeronaves como o C-295 ou o P-3, quer na utilização dos helicópteros GH-101
num quadro de operações de apoio a transporte e de apoio à evacuação, quer naquilo que é a resposta na fase
de rescaldo e de verificação de riscos que tenham sobrevivido à fase mais áspera dos incêndios.
Teremos, aliás, pela primeira vez, dando resposta direta ao Relatório da Comissão Técnica Independente,
aviões de coordenação de operação de meios aéreos.
Queria dizer-lhes também com toda a franqueza, relativamente à operação dos Kamov, que fundamental
nesta matéria é a defesa do interesse público e não a excitação na propagação daquilo que é uma visão privada
desta matéria.
A empresa responsável pela manutenção dos Kamov está, neste momento, notificada para pagamento de
penalidades por incumprimentos em 2017 e 2018 que ascendem a perto de 4 milhões de euros — é essa a
dimensão do incumprimento contratual que tem sido reiteradamente assumido.
E, no passado dia 29, a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) informou a empresa em causa que
não estava em condições de cumprir as suas obrigações contratuais relativamente à manutenção dessas
aeronaves.
É neste quadro que estamos a ponderar todas as soluções, na defesa daquilo que é o interesse público, no
respeito pelo rigor e pela salvaguarda daquilo que é a defesa do interesse geral, e não com a preocupação em
dar qualquer prioridade a questões de natureza privada.
Sr.ª Deputada Emília Cerqueira, convido-a, com todo o gosto, aliás, levo-a à Figueira da Foz ou a Portalegre
para a Sr.ª Deputada poder ver as mulheres e os homens que estão já em formação — não é PowerPoint, como
diz aí o seu parceiro do lado!
Protestos do Deputado do PSD Duarte Filipe Marques.
Sr.ª Deputada Emília Cerqueira, o que aconteceu, de facto, foi que nós ouvimos e envolvemos todos neste
debate. E, por isso, a diretiva operacional única foi participada e discutida. Beneficiou do contributo da Liga dos
Bombeiros Portugueses e já do contributo da estrutura de missão, mas, de facto, não beneficiou do vosso, pois
não tiveram qualquer contributo válido para este debate.
Protestos da Deputada do PSD Emília Cerqueira.
O Sistema de Gestão de Operações (SGO), igualmente já publicado, também responde a esta necessidade.
O Sr. Duarte Filipe Marques (PSD): — Responda às perguntas! Não fuja às questões!
O Sr. Ministro da Administração Interna: — Quanto aos meios, teremos todos aqueles que existiam, mais
aquilo que é, de acordo com o Orçamento do Estado, contra o qual os senhores votaram, a possibilidade de,
contra o vosso voto, termos 96 viaturas ligeiras, já adjudicadas, e 20 viaturas pesadas para o GIPS, mais 22
viaturas, também já adjudicadas, para a Força Especial de Bombeiros, e termos reforçados os mecanismos de
apoio à manutenção e à substituição de material dos bombeiros voluntários.
Protestos do Deputado do PSD Duarte Filipe Marques.
Por isso, Srs. Deputados, de facto, a Força Especial de Bombeiros, abandonada por vós, terá, no âmbito da
regularização de precários da Administração Pública, a sua situação regularizada.
Estaremos aqui para defender os portugueses, apesar da vossa gritaria e do vosso desespero.