I SÉRIE — NÚMERO 76
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A Sr.ª Deputada fez uma grande digressão em relação às contas orçamentais, mas não as conhece
verdadeiramente. Nós não podemos associar o aumento da carga fiscal ao extraordinário comportamento da
taxa de emprego, que é, aliás, a melhor segurança social possível para as pensões futuras que hoje está a
acontecer em Portugal.
Os trabalhadores levaram para casa, entre 2016 e 2017, 11% de aumento nas remunerações. A Sr.ª
Deputada não pode esquecer isso.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Deputada não é responsável por «isto», que é o modo como se refere à economia portuguesa. Quem
é responsável pela maior queda dos juros, pela maior queda da taxa de desemprego e pelo maior aumento da
taxa de emprego é a política deste Governo, não é a Sr.ª Deputada.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Deputada Cecília Meireles, claramente, «perdeu o pé».
A Sr.ª CecíliaMeireles (CDS-PP): — Ah, claro!…
O Sr. MinistrodasFinanças: — A verdade é que baixaram as taxas de impostos. Em 2018, baixou o IRS
pago por todas — todas! — as famílias portuguesas.
O Sr. PedroMotaSoares (CDS-PP): — Mas o ISP (imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos)
subiu!
O Sr. MinistrodasFinanças: — Todas as famílias portuguesas pagam menos IRS em 2018 do que pagaram
em 2017. No período em que a Sr.ª Deputada estava no Governo aconteceu exatamente o contrário.
Aplausos do PS.
Mas também baixámos o IVA da restauração, uma medida em relação à qual, aliás, a Sr.ª Deputada foi
contra.
O Sr. PedroMotaSoares (CDS-PP): — O ISP subiu! Porque não fala de outros impostos que subiram?!
O Sr. MinistrodasFinanças: — Baixámos o IVA da restauração e baixámos variadíssimas taxas de imposto.
Por isso, acontece o contrário do que a Sr.ª Deputada disse.
Sr. Deputado Paulo Sá, o investimento é, obviamente, de uma importância fundamental para o futuro da
economia portuguesa. Os problemas acumularam-se e têm de ser resolvidos, com condições financeiras
sustentáveis e com uma perspetiva de futuro.
O reforço dos meios de pessoal que temos estado a implementar na Administração Pública portuguesa é
muito significativo. Essa é a nossa opção política, e é uma opção política credível e que está, claramente,
apresentada nestes documentos. Não há nenhum objetivo que não seja explicado aos portugueses.
O Programa de Estabilidade não é debatido em Bruxelas, é debatido em Lisboa.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Sr. Ministro, passamos ao segundo grupo de pedidos de esclarecimento.
Tem agora a palavra, para esse efeito, o Sr. Deputado João Paulo Correia.
O Sr. JoãoPauloCorreia (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Ministro das Finanças, há duas
acusações que não podem fazer ao Governo e ao Programa de Estabilidade.