I SÉRIE — NÚMERO 104
14
dos CTT; em defesa do Serviço Nacional de Saúde, pela garantia de cuidados de saúde primários, contra a falta
de médicos de família e o encerramento de serviços e valências no SNS; em defesa do transporte público de
passageiros e da melhoria da qualidade e segurança; contra o pagamento de portagens nas ex-SCUT; pela
requalificação de vias rodoviárias e em defesa de mais e mais prontos apoios às vítimas dos incêndios.
E saudamos os trabalhadores e as trabalhadoras de tantos pontos do País — e também do interior, onde
trabalham, criam riqueza e constroem uma vida melhor — que, hoje mesmo, vieram a Lisboa dizer «não» às
políticas de exploração e ataque aos direitos. Com essa luta e com as propostas e ações concretas que
continuaremos a desenvolver havemos de construir esse futuro melhor para o nosso País e o nosso povo.
Aplausos do PCP.
O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra, em nome do Grupo Parlamentar do Partido
Socialista, a Sr.ª Deputada Maria da Luz Rosinha.
A Sr.ª Maria da Luz Rosinha (PS): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: A
valorização do interior é um dos mais importantes desafios nacionais e, por isso, cumprimentamos o CDS por
trazer de novo este tema a discussão.
Lembramos, no entanto, que, em maio, pela mão do Sr. Primeiro-Ministro — e foi saudado pela iniciativa por
diversas forças políticas —, o Governo trouxe a este Plenário um debate sobre o assunto, fazendo deste desafio
uma prioridade nacional e uma questão de todos os portugueses.
Hoje, saudamos o CDS por promover a discussão, mas não podemos deixar de expressar a nossa surpresa
perante a marcação deste debate de atualidade, que pode muito bem ser considerado como um mea culpa.
Sr.as e Srs. Deputados, ninguém esqueceu, nem esquecerá, a contribuição do CDS para a atual situação
destes territórios. Ninguém esqueceu, nem esquecerá, a contribuição que deram para a desertificação e o
empobrecimento do interior, quase esquecido durante os períodos em que o PSD e o CDS estiveram no
Governo, nomeadamente na Legislatura anterior.
Aplausos do PS.
Somos hoje um País mais consciente de que é urgente efetivar a coesão territorial e somos, por isso, um
País mais atento às reais necessidades destes territórios e das suas populações. É urgente criar condições para
que estas regiões despovoadas e empobrecidas possam crescer, explorar o seu potencial e contribuir com a
mais-valia que têm para o desenvolvimento nacional, um caminho que este Governo tem vindo a traçar com
objetividade e determinação.
Aplausos do PS.
Lembro que, em maio, quando o Sr. Primeiro-Ministro veio apresentar as políticas de valorização do interior,
o CDS se absteve de participar no debate sobre esta matéria, desviando-se do tema.
Hoje, damos conta de que o CDS também não terá lido o relatório da Unidade de Missão para a Valorização
do Interior (UMVI), mas acredita que os problemas destas terras e destas gentes se resolvem com um estatuto
fiscal que veio aqui enunciar.
Despertou, finalmente, o CDS para a importância e atenção que os territórios do interior têm e devem
merecer. Sejam, pois, bem-vindos, porque o Governo do Partido Socialista está a trabalhar e o compromisso
que assumiu com autarcas de todas as forças políticas e diferentes entidades está a ser cumprido com confiança
e com determinação a favor do interior.
Estão todos convocados para responder: «Presente!»
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Não sei se algum grupo parlamentar ainda quer intervir, antes de passarmos à
intervenção do Governo e do Grupo Parlamentar do CDS-PP.