31 DE OUTUBRO DE 2018
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O Sr. Presidente: — Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs.
Funcionários, Sr.as e Srs. Jornalistas, declaro aberta a sessão.
Eram 10 horas e 9 minutos.
Peço aos agentes da Autoridade o favor de abrirem as galerias.
Vamos prosseguir com a apreciação, na generalidade, das Propostas de Lei n.os 155/XIII/4.ª (GOV) — Aprova
as Grandes Opções do Plano para 2019 e 156/XIII/4.ª (GOV) — Aprova o Orçamento do Estado para 2019.
Vamos, já com algum atraso, dar início aos nossos trabalhos.
Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira.
O Sr. Ministro Adjunto e da Economia (Pedro Siza Vieira): — Sr. Presidente e Srs. Deputados: Por estes
dias o Governo apresenta, nesta Câmara, o quarto Orçamento desta Legislatura.
Este é um Orçamento que, por um lado, prossegue a trajetória dos anteriores, um Orçamento de contas
certas, assente em projeções realistas, que permite que, no quadro da Legislatura, se conclua o programa que,
há três anos, nos propusemos: recuperar o rendimento das famílias, reduzir o desemprego e retomar a
convergência económica com a Europa.
Tudo isto coexiste e só é possível com uma rigorosa gestão das contas públicas, que possibilitou a redução
do défice e da dívida para níveis históricos, baixando, também por essa via, os custos de financiamento da
economia.
É essa gestão financeira rigorosa que cria as condições para a construção do futuro. Contas sólidas são a
fundação em que assentam as renovadas apostas na habitação, nos transportes coletivos, na melhoria dos
serviços públicos e no reforço do investimento público. É, pois, um Orçamento de continuidade e de futuro, um
Orçamento de conclusão de um programa e de abertura de um novo ciclo.
O percurso que nos trouxe até aqui reconhece a importância das empresas no crescimento da economia e
na criação de emprego. Tal como os Orçamentos anteriores, este Orçamento procura criar condições para que
as empresas portuguesas possam continuar a investir, a criar emprego e a aumentar a sua competitividade.
Nestes três anos as empresas ficaram mais fortes, a sua autonomia financeira aumentou para 37,4%, o seu
endividamento baixou para 133% do PIB (Produto Interno Bruto) e as exportações atingiram 45% da riqueza
criada em Portugal.
O investimento privado cresceu, em 2017, mais de 9% e, no segundo trimestre deste ano, voltou a atingir
níveis de 2008. A produtividade do trabalho finalmente aumentou 6%. As empresas estão, pois, mais fortes,
menos endividadas e mais competitivas.
A proposta de lei do Orçamento do Estado continua apostada em apoiar a competitividade da economia e o
investimento empresarial, bem como o reforço da coesão territorial. É por isso que o Orçamento continua a
alargar os apoios fiscais ao investimento.
Pelo terceiro ano consecutivo, é alargado o limite das deduções por lucros retidos e reinvestidos, que passa
para 10 milhões de euros. E são também alargados os limites da dedução máxima no regime fiscal de apoio ao
investimento.
As empresas têm investido a níveis históricos e o Governo tem, por isso, procurado corresponder a esse
esforço, desagravando fiscalmente as empresas que investem e que reforçam os seus capitais próprios.
O Governo tem, igualmente, procurado aliviar a tesouraria das empresas e reduzir o esforço fiscal das
pequenas e médias empresas. Por isso se criou o IVA (imposto de valor acrescentado) alfandegário, que já
beneficiou 3143 empresas exportadoras, que assim tiveram um benefício de tesouraria de cerca de 150 milhões
de euros mensais.
Neste Orçamento, o Governo propõe-se ir mais longe, acabando com a obrigatoriedade do pagamento
especial por conta, desta forma aliviando o esforço fiscal de micro e pequenas empresas em mais de 100 milhões
de euros.
Aplausos do PS.